Doenças renais afetam mais de 20 mil pacientes em Minas
Dia Mundial do Rim, em 14 de março, faz um alerta para o alto número de pessoas em terapia renal substitutiva, mais de 150 mil no Brasil
Anualmente, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena no Brasil a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivos disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Todos esses objetivos estão resumidos no tema da campanha em 2024, que é ‘Saúde dos Rins e exame de creatinina para todos’: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”. A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), em parceria com a Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN), faz um alerta iluminando a sua sede de azul e vermelho, alternando as cores a cada dia, de 12 a 18 de março. O Dia Mundial do Rim é celebrado no dia 14 de março e a SMN realizará o Pensar Mineiro, às 19h. Um evento voltado para médicos com objetivo de debater questões relevantes na área da nefrologia. Inscrição: https://forms.gle/fECbdWwK3CAJhSTJ8
Para especialistas o tema é atual e necessário, ao ratificar a busca por uma política de saúde inclusiva que garanta a equidade e permita o acesso ao diagnóstico e tratamento. No Brasil e no mundo, ainda há uma iniquidade na assistência à saúde renal, com regiões onde há barreiras no acesso ao diagnóstico e tratamento, especialmente à terapia renal substitutiva. Estima-se que, no Brasil, cerca de 50 mil pessoas por ano com doença renal morrem precocemente antes de ter acesso à diálise ou ao transplante.
Hoje, no Brasil, estima-se que 150 mil pessoas são submetidas a algum tipo de terapia renal substitutiva. Somente em Minas Gerais são 20 mil pacientes. A grande preocupação, segundo o presidente da SMN, Renato Jorge Palmeira de Medeiros, o subfinanciamento do setor tem provocado uma grave crise, gerando um risco do fechamento das clínicas de diálise que atendem predominantemente o Sistema Único de Saúde (85% dos pacientes que fazem diálise). “Ainda enfrentamos o problema de uma longa fila de espera para a admissão e a ausência de implantação de novos serviços.”
De acordo com o Medeiros, as pessoas com doenças renais crônicas vivem em uma situação de emergência, visto que precisam de cuidados contínuos e coordenados. “A campanha chama a atenção para a necessidade do exame de creatinina para todos. As doenças renais crônicas têm alta prevalência e de um a cada dez pessoas são portadoras das DRC’s. Sua evolução é silenciosa e progressiva, daí a importância de um diagnóstico precoce para que um tratamento adequado seja instituído, evitando ou retardando a necessidade da terapia renal substitutiva no futuro.”
FATORES DE RISCO
As DRC’s se caracterizam por lesões nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, dentre elas: regular a pressão arterial, “filtrar” o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras.
De acordo com especialistas, seu desenvolvimento se dá por diversas causas, dentre elas: diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, evolução de injúria renal aguda, rins policísticos. “É preciso estar atento a esses fatores de risco, como também conhecer o histórico familiar para DRC’s, bem como combater a obesidade, evitar o fumo e manter hábitos de vida saudáveis. A popularização de exames como o da creatinina, de urina rotina e ultrassom dos rins e do trato urinário são de grande valia.”
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