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Um alerta às mulheres

Um alerta às mulheres

Câncer de colo do útero pode ser evitado

Especialistas alertam sobre prevenção e a importância da vacina

O Capitulo Mineiro da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital e Colposcopia (ABPTGIC MG) alerta para uma doença altamente prevenível e da importância da vacinação. A sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), em Belo Horizonte, abraça essa causa e ilumina sua sede durante de 1º a 11 março de lilás, cor alusiva ao tema.

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil, excluindo os casos de tumores de pele não melanoma. No dia quatro de março, é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV (Papilomavírus Humano), responsável pela infecção sexualmente mais transmissível em todo o mundo.

Além do uso do preservativo e do exame de Papanicolaou, uma das formas mais eficazes para se proteger da doença é a vacina. O Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) e para os imunossuprimidos, três doses, de 9 à 45, que incluem homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids. Disponibiliza também o imunizante para as vítimas de violência sexual.

De acordo com a presidente da ABPTGIC MG, Adriana Almeida de Souza, as mulheres enfrentam dificuldades como a falta de conhecimento sobre a doença e das estratégias de prevenção. “Há vergonha ou constrangimento em realizar exame preventivo, além das dificuldades para agendar consultas, fazer e obter resultados de exames.”

Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o risco estimado é de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres para cada ano do triênio 2023-2025. Quanto à distribuição geográfica, é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48/100 mil) e Nordeste (17,59/100 mil). Na Região Centro-oeste (16,66/100 mil), ocupa a terceira posição; na Região Sul (14,55/100 mil), a quarta; e, na Região Sudeste (12,93/100 mil), a quinta posição. “O rastreamento organizado, com garantia de seguimento e tratamento dos casos alterados, tem sido efetivo na redução da incidência e da mortalidade por este câncer em países desenvolvidos.”, afirma Lucena

Sintomas

Em estágio inicial, a doença costuma ser assintomática e, por isso, o rastreamento é necessário. Já a doença avançada costuma causar sangramento vaginal anormal, sangramento após as relações sexuais e corrimento com odor desagradável. 

Entre os outros sintomas, é possível haver a ocorrência de sangramento menstrual prolongado, secreção vaginal incomum, sangramento depois da menopausa, dores durante a relação sexual e dor na região pélvica. Nos casos mais avançados, sintomas da doença incluem inchaço das pernas, dificuldade ao urinar ou evacuar e sangue na urina. 

Sobre o HPV

Na maioria das vezes, o vírus do HPV é eliminado espontaneamente pelo organismo, mas em alguns casos ele pode provocar a formação de verrugas na pele e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais etc.), anal, genital e da uretra, além de lesões de alto risco nos órgãos genitais que podem evoluir lentamente para o câncer de pênis e o de colo do útero. O tumor peniano é raro e representa apenas 0,4% dos carcinomas malignos do sexo masculino; já o câncer de colo de útero é bem mais comum.

O mais preocupante é que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Portanto, não há dúvida de que as mulheres são as maiores vítimas dessa IST.

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Assessoria de Imprensa da AMMG:

(31) 3247 1639 / 3247 1630

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