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Prevenção de afogamentos

Prevenção de afogamentos

Workshop ensina prevenção de afogamentos

 Congressos Sudeste e Mineiro de Medicina de Emergência abordam a importância do aprendizado de salvamento a vítimas de incidentes aquáticos 

 

De 14 a 16 de setembro acontecem o I Congresso Sudeste e o IV Congresso Mineiro de Medicina de Emergência. Organizados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência – Regional Minas Gerais (Abramede MG), a programação traz uma novidade: o workshop sobre afogamentos que será realizado no dia 15, de 19h às 21h, no Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais (Cencon AMMG – Avenida João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte), em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

 

Diariamente, no Brasil, cerca de 16 pessoas morrem afogadas, sendo que crianças e adolescentes são maioria, de acordo com dados da Sobrasa. A instituição ainda aponta que 70% dos casos ocorrem em rios e represas. Profissionais da emergência, incluindo da saúde e bombeiros, têm treinamento específico para salvar vítimas de afogamento e é para esse público que o workshop, com duração entre uma hora e meia e duas horas, foi desenvolvido. O objetivo é apresentar soluções para o tema, reduzindo o número de registros.

 

Para o médico especialista em terapia intensiva e medicina de emergência e secretário geral da Sobrasa, David Szpilman, o primeiro passo é reconhecer um afogamento, em seguida saber a quem e como pedir ajuda, entender um pouco sobre a classificação/gravidade, como lidar com o material e como proceder e, enfim, realizar os primeiros socorros, enquanto os emergencistas não chegam. “A ideia é aumentar a rede de pessoas envolvidas no salvamento para que ajudem, sem colocar a própria vida em risco, possibilitando um pré-atendimento”, explica.

 

A presidente da Abramede MG, Maria Aparecida Braga, avalia que a temática é fundamental para profissionais de saúde e outros envolvidos como atletas de esportes aquáticos e até pais e mães. “Os números são alarmantes. Por dia, quatro crianças morrem afogadas. Isto pode ocorrer até em um balde em casa, em banheiras e piscinas, o que representa 55% dos óbitos nas idades entre um e nove anos. Já os adolescentes têm o maior risco de morrer por se arriscarem, principalmente, no mar e nos rios”, explica.

 

As ações, conforme a Sobrasa, surtem efeito positivo: foram 50% de redução na mortalidade por afogamento em 40 anos (1979 a 2020). Szpilman afirma que “afogamento não é acidente, não acontece por acaso e tem prevenção”. Para ele é um incidente e pode ser grave para a saúde, levando a morte em muitos casos. “A mobilização relativa à cada óbito por afogamento custa ao Brasil R$ 210.000.00. Mais de 90% das mortes acontecem por ignorar os riscos, não respeitar limites pessoais e/ou desconhecer como agir”, frisa.

 

As inscrições para o workshop são gratuitas e podem ser feitas no site do congresso. 

 

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