Novembro Azul: um alerta para o Diabetes

Especialistas orientam a população, dia 9 de novembro (sábado), em um shopping de BH

Campanha Novembro Azul Diabetes

• Data: 9 de novembro

• Horário: 9h ás 15h

• Local: Shopping Del Rey, Belo Horizonte

O Diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas com a informação correta e mudanças no estilo de vida, é possível viver de forma plena e saudável. A prevenção começa com o conhecimento, hábitos de vida saudável e acesso às informações certas. No dia 9 de novembro (sábado), de 11h às 15h, no Shopping Del Rey, em Belo Horizonte, a Sociedade Brasileira de Diabetes – Regional Minas Gerais (SBD MG) em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais (SBEM MG) orientam as pessoas que passarem pelo local sobre a doença. A campanha tem o apoio da Associação Médica de Minas Gerais.

A campanha Novembro Azul realizada todo mês de novembro, marca o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. De acordo com a presidente da SBEM MG, Flávia Coimbra, a doença exige alguns cuidados que são para o resto da vida, não só do paciente como por parte da família também. “Medição de glicemia, medicamentos, prática de exercícios físicos, hábitos alimentares saudáveis e específicos para quem tem o Diabetes, precisam ser colocados em prática. Muitas vezes, é preciso inclusive, um apoio psicológico. É de extrema importância que essas pessoas recebam educação de qualidade, ajustada às necessidades e fornecidas por profissionais de saúde qualificados.”

Segundo Coimbra, o desconhecimento é um dos grandes entraves para o tratamento adequado e a sua negligência pode desenvolver sérias complicações à saúde, como cegueira e amputação de membros. “A maioria dos pacientes não tem acesso à educação em Diabetes, devido a fatores como custo, distância e falta de serviços apropriados. Algumas nem sabem dos serviços existentes ou não estão convencidas dos benefícios que a educação em Diabetes pode trazer”, pondera a médica.

A presidente da SBEM MG salienta que, a campanha do Dia Mundial do Diabetes tem como objetivo promover a importância dos programas estruturados de educação como a chave para a prevenção e o controle, além de defender mais oportunidades para inserir a educação junto aos sistemas de cuidados em saúde e às comunidades.

Idade e escolaridade

O Brasil é o quinto país em incidência de Diabetes no mundo, com 16,8 milhões de  adultos (20 a 79 anos) com a condição, ficando atrás apenas e a China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Porém. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que o Brasil possa subir para quarta posição neste ranking.  

No país, cerca de 90% dos brasileiros com diabetes são do tipo 2, quando o corpo desenvolve resistência aos efeitos da insulina e pode ter causas hereditárias ou ligadas a hábitos de vida. A SBD estima que mais de 46% da população não sabem que têm a doença. 

O diabetes atinge 10,2% da população brasileira, conforme dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2023). Índice representa aumento com relação a 2021, quando era 9,1%. O último inquérito Vigitel mostra também que o diagnóstico é mais frequente entre as mulheres (11,1%), do que entre os homens (9,1%). 

A pesquisa identificou ainda que, o diagnóstico na população adulta residente nas capitais brasileiras aumenta, conforme o avanço da idade dos entrevistados, e com o nível de escolaridade. Entre quem tem mais de 65 anos, 30,3% têm diabetes. E quando considerados os anos de estudo, aqueles com a menor escolaridade (entre 0 a 8 anos), apresentam o maior percentual de diabetes (19,4%).  

Tipos de Diabetes

O Diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue devido à falta ou má ação da insulina. Produzida no pâncreas, a insulina é responsável por transportar as moléculas de glicose para dentro das células do corpo para serem usadas como fonte de energia. Quando esse hormônio está em falta, ou quando não está agindo corretamente, ocorre o aumento de açúcar no sangue e, consequentemente, o diabetes. A falta ou mau funcionamento da insulina pode ter origem genética, mas também ser agravada por hábitos pouco saudáveis, como alimentação inadequada, principalmente com consumo excessivo de carboidratos, açúcar e alimentos ultra processados, além de sedentarismo. Os principais tipos de Diabetes são o 1, 2 e o gestacional, mas existem outras formas, segundo especialistas.

• O pré-diabetes não é propriamente um diagnóstico, mas sim um estado de risco aumentado para o aparecimento de diabetes mellitus tipo 2. Pessoas com níveis de elevados de glicose (açúcar no sangue), obesidade e forte história étnica ou familiar de diabetes, podem ser consideradas de risco.

• Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o diabetes tipo 1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença, mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Outro dado é que, no geral, o diabetes tipo 1 é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

• Já o tipo 2, aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

• O diabetes gestacional é um problema que surge durante a gravidez. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue. É uma condição que quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce. Aparece quando o corpo não consegue fabricar a insulina em quantidade suficiente. Mas essas mulheres que tiveram diabetes gestacional apresentam uma chance mais alta de desenvolverem diabetes tipo 2 ao longo da vida.

Fontes: SBD e SBEM