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Obesidade preocupa

Obesidade preocupa

 

No mês de março acontece a campanha referente ao Dia Mundial da Obesidade. A diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional MG. Dra. Bruna Coelho Galvão Marinho fala sobre o aumento da obesidade, causas, prevenção, cuidados necessários e tratamento. Clique aqui e ouça aqui

 

SAIBA MAIS SOBRE O TEMA

 

Dia Mundial da Obesidade serve de alerta

 

Dia 4 de março é celebrada a data e este ano um dos objetivos da campanha no Brasil é dar voz às pessoas que sofrem com o problema

 

O Brasil pode ter até 29% da população vivendo com obesidade até 2030 as mulheres serão a maioria. Segundo o estudo realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade em 2022 e divulgado pela Federação Mundial da Obesidade, é esperado que o Brasil viva com 29,7% da população adulta com obesidade até 2030. Deste total, 33,2% serão mulheres e 25,8% serão homens. Os números preocupam os especialistas e para isto a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais (Sbem – MG) faz um alerta sobre o tema para a população.

De acordo a presidente da Sbem MG, Flávia Maia, o aumento no número de pessoas com obesidade pode ter sido influenciado pela pandemia da Covid-19. “Houve um descontrole geral com a alimentação, com a saúde do sono e a falta de atividades físicas, esses fatores certamente contribuíram para isso.”

Dados alarmantes

Dados apontados na pesquisa realizada pelo Ipsos Global Advisor mostram que os brasileiros engordaram pelo menos 6,5 kg desde 2020, deixando o Brasil em primeiro lugar no ranking de países que mais ganharam peso, com 31% de média global. No cenário mundial, o número é ainda mais impactante. O estudo estima que mais de um bilhão da população adulta apresentará algum grau de obesidade nos próximos oito anos, o que representa 17,5% da população global. Desta forma, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de interromper o aumento desta condição na sociedade até 2025, não será atingida.

Maia reforça que, com índices tão preocupantes, é preciso uma atenção maior da comunidade médica e isto deve acontecer desde a infância. “Vivemos uma situação epidêmica. Junto à obesidade temos as comorbidades, ou seja, uma série de doenças que passam a ser desenvolvidas devido ao sobrepeso, gerando vários fatores de risco para a pessoa como a hipertensão, diabetes, problemas articulares, vários tipos de cânceres, dentre outros. Não é apenas uma questão de estética, mas sim de saúde.”

 

Doença Crônica

A obesidade é uma doença crônica multifatorial e tem várias raízes. Tem um componente genético importante, mas fatores ambientais, sociais, de saúde mental, medicamentos, podem influenciar no ganho de peso. A pessoa que vive com obesidade não é “culpada” pela condição. “A campanha da Sbem e Abeso (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica) deste ano quer focar nas histórias comuns das pessoas que vivem com obesidade, nos seus altos e baixos, nas suas dificuldades. Compartilhar esses aspectos pode ajudar a motivar outras pessoas a se cuidarem melhor e procurarem por ajuda.”

A endocrinologista explica que é preciso incentivar uma alimentação saudável e reforça que o corre-corre diário não pode ser desculpa para uma alimentação não saudável. “Incluir a prática de exercícios físicos rotineiros também é fundamental. Sem isso a conta ao final não irá fechar e os principais atingidos serão o paciente, a família que sofre junto e o sistema de saúde que acaba por ficar sobrecarregado com o desenvolvimento de uma série de doenças.”

No Brasil, o relatório Vigitel 2021, realizado pelo Ministério da Saúde, constatou que a população com sobrepeso é de 57,25%, e o índice de obesidade ficou em 22,35%, números que obtiveram alta quando comparados a 2019, sendo 55,4% para quem está acima do peso e 21,55% para indivíduos com algum grau de obesidade.

 

 

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