Simulado de trânsito

Simulado de trânsito

Simulado de trânsito alerta para mortes em Minas

Abramede-MG realiza a atividades com múltiplas vítimas em Belo Horizonte. Evento é aberto à comunidade e conta com treinamentos

Data: 24 de setembro (quarta-feira)

Horário: 9h às 12h

Atividade: Treinamentos para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), para a utilização do Desfribilador Externo Automático (DEA), para manobras contra engasgo e ‘Stop the Bleed’.

Data: 24 de setembro (quarta-feira)

Horário: 12h às 14h

Atividade: Simulado de trânsito com múltiplas vítimas

Abertos à população.

Local: Em frente à Associação Médica de Minas Gerais. Avenida João Pinheiro, 161, Centro. Belo Horizonte/MG.

Atentos à necessidade de orientação à população e a importância de ações rápidas até a chegada de um atendimento especializado, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência – Regional Minas Gerais (Abramede-MG) Realiza No Dia 24 De Setembro, De 9h Às 12h, Treinamentos para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), para a Utilização do Desfribilador Externo Automático (DEA), para Manobras Contra Engasgo, abertos à comunidade e ’Stop De Bleed’. De 12h Às 14h, acontecerá o ‘Simulado de Trânsito com Múltiplas Vítimas’. As Atividades acontecem no Centro de Convenções e Eventos da AMMG. Avenida João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte. 

O ponto culminante do exercício simulado consistirá na encenação de um acidente, que incluirá vítimas devidamente caracterizadas, veículos tombados e a prestação de primeiros socorros em tempo real pelas equipes de resgate. As atividades contam com o apoio da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais (Sbot MG), Sociedade de Acadêmicos de Medicina de Minas Gerais (Sammg), Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (Sbait), Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e Unimed BH.

AMEAÇAS REAIS

É fundamental destacar que, em acidentes de trânsito com incêndios veiculares, as equipes de resgate e os profissionais de saúde enfrentam ameaças além do trauma físico evidente. A queima de componentes sintéticos dos veículos, como plásticos, espumas e tecidos, libera gases altamente tóxicos, principalmente o monóxido de carbono (CO) e o cianeto (HCN) que podem levar à morte em minutos, e seus sintomas — como dor de cabeça, tontura e confusão mental — podem ser facilmente subestimados, tornando a suspeita clínica e a identificação precoce vitais para a sobrevivência da vítima.

Embora dados específicos sobre intoxicações em incêndios de trânsito sejam de difícil consolidação, a epidemiologia de eventos em massa nos quais ocorreu a intoxicação, evidenciam o alto risco de fatalidades por inalação de fumaça. Paralelamente, as queimaduras são uma consequência grave e frequente. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), anualmente, cerca de 100 mil pessoas são hospitalizadas por queimaduras no Brasil, e uma parcela significativa desses casos está associada a acidentes que envolvem incêndios e explosões, exigindo tratamento especializado e de alta complexidade.

ACIDENTES DE TRÂNSITO

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES MG), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBM MG), realizou um estudo inédito com mais de 2 milhões de registros de acidentes de trânsito entre 2019 e 2025. A iniciativa é fruto de um acordo de cooperação entre os dois órgãos.

ESTATÍSTICAS

Segundo o levantamento, cerca de 70% dos acidentes ocorrem em áreas urbanas, mas os mais letais estão nas rodovias — onde a chance de morte é 2,7 vezes maior. Homens jovens lideram as estatísticas: 71% das vítimas são do sexo masculino, e 23% têm entre 20 e 29 anos. A frequência de acidentes cresce a partir de sexta-feira, com pico aos sábados. A mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte lidera em número de ocorrências. Já o Norte de Minas tem a maior taxa de letalidade, e a Zona da Mata concentra os acidentes mais graves.

TREINAMENTO ‘STOP THE BLEED’

No dia do simulado ainda será oferecido, o curso ‘Stop the Bleed’ (Pare o Sangramento), que é uma iniciativa do American College of Surgeons (ACS) e ensina civis a controlar hemorragias graves e que representam risco de morte até a chegada dos socorristas. O treinamento abrange o reconhecimento de sangramentos, a aplicação de pressão direta, a técnica de preenchimento de feridas e o uso correto de torniquetes.

De acordo com a Presidente do V Congresso de Medicina de Emergência Abramede-MG, realizado entre os dias 25 a 27 de setembro – e que abrange as atividades –, Juliana Sartorelo, o curso serve para todos os motoristas. No caso dos motociclistas, é bom lembrar que os perigos são ainda maiores, e o uso destes veículos tem se tornado cada vez maior. “Isto é visível nos grandes centros. Elas são utilizadas para entregas e transporte de passageiros. A condução das motos exige muito cuidado não apenas por parte do piloto, mas também porque ele deve zelar pela segurança do passageiro. Falamos aqui de uso correto de itens de segurança e no cuidado com ultrapassagens e velocidade. As consequências são sinistros graves, com feridos e mortes”, reforça Sartorelo.

DADOS PREOCUPAM

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, só em 2024 foram 19.436 ocorrências com vítimas envolvendo motos. Minas Gerais registrou 37,4 mil acidentes envolvendo motocicletas entre janeiro e junho de 2025, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número representa um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2024. Quase metade das ocorrências (18,3 mil) foi causada por falta de atenção dos condutores.

Além disso, o estado também é o que mais registrou mortes de motociclistas em rodovias federais. Ainda de acordo com o balanço, o número de óbitos subiu 9% no primeiro semestre de 2025: foram 85 mortes, contra 78 no mesmo período do ano passado. O número de feridos também cresceu quase 3%, acima da média nacional, que é de 1,3%.

Levantamento do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, revelou que as lesões, em 2020, foram responsáveis por mais de 190 mil internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) e hospitais conveniados, destas 61,6% eram de motociclistas. Em relação à mortalidade foi a primeira causa na faixa de 5 a 14 anos, e a segunda nas faixas de 15 a 39 anos, no total de 32.716 óbitos, destes 36,7% eram motociclistas Dentre os fatores de risco estão a falta do uso do capacete; direção sobre efeito do álcool; inexperiência dos usuários; formação precária (refere-se à facilidade de obtenção de uma carteira de habilitação para motos), dentre outros aspectos.

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Assessoria de Imprensa da AMMG Nétali Leite / Renata Clímaco (31) 99957 9477/ (31) 3247 1630/1639