Prevenção do suicídio

Prevenção do suicídio

Roda de conversa: contribuindo para a prevenção do suicídio

Especialistas debatem sobre o que pode levar alguém a tirar a própria vida e como tentar impedir que isto aconteça

A partir das 19 horas do dia 30 de setembro, terça-feira, no terceiro andar da sede da Associação Médica de Minas Gerais -apoiadora do evento – (Avenida João Pinheiro, 129, Centro), a Associação Mineira de Psiquiatria (AMP) convida especialistas da área de saúde, do esporte e de grupos de apoio para a ‘Roda de conversa: contribuindo para a prevenção do suicídio’. No mundo, a cada 45 segundos uma pessoa põe fim à própria vida, totalizando cerca de 700 mil óbitos a cada ano, superando as mortes provocadas por guerras, acidentes automobilísticos e homicídios. Globalmente, as taxas caíram, porém, exceto no Brasil onde os índices aumentaram cerca de 40% no período entre 2011 e 2022, conforme dados do Ministério da Saúde.

Para o vice-presidente da AMP, Humberto Corrêa, não apenas durante o ‘Setembro Amarelo’, mês da campanha de prevenção do suicídio, é necessário abordar o tema durante todo o ano. Ele avalia que a roda de conversa é relevante visto que o Brasil é um dos poucos grandes países que não tem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio efetiva ou políticas públicas coordenadas visando a sua prevenção. “O resto do mundo já nos mostrou que prevenir é, sim, possível. Hoje temos cerca de 40 países com estratégias de prevenção em funcionamento e isto é apontado como um dos principais fatores na observada redução global das taxas de suicídio”, destaca.

A psicóloga e modeladora do Grupo de Apoio a Enlutados por Suicídio da Faculdade Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (Gaes FM UFMG), Vivian Zicker, considera que, além da prevenir o autoextermínio, é importante também cuidar do luto por suicídio. “Este tipo de luto apresenta peculiaridades e sentimentos controversos como raiva, culpa, vergonha, julgamentos sociais, entre outros, que o diferencia dos demais.” Inclusive para a prevenção de novos casos, Zicker completa que os enlutados precisam de acompanhamento e esclarecimento sobre o comportamento suicida. “Essas ações são fundamentais para que vivenciem esse processo de maneira gradual e elaborada, conseguindo ressignificar a dor de maneira mais funcional e saudável.”

O encontro é aberto a médicos, demais profissionais de saúde, estudantes de medicina, Organizações Não Governamentais e comunidade. Participam representantes do Centro de Valorização da Vida (CVV), Instituto Interação Brasil, Gaes FM UFMG, Grupo de Apoio à Adoção de Belo Horizonte (GAABH), Rotary Belo Horizonte Leste e RotaractBelo Horizonte Leste. Inscrições e detalhes da programação no site www.ampmg.org.br.