O Terça Cultural de maio, promovido pela Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), com o tema ‘Inteligência Artificial na Medicina’, no Centro de Convenções e Eventos da AMMG, reuniu no dia 28 importantes nomes para debater sobre as inovações tecnológicas nessa área.
Na abertura, o presidente da Associação, Fábio Augusto de Castro Guerra, parabenizou a escolha de um assunto cada vez mais debatido mundialmente e, as vezes, temido ou pouco conhecido diante das inúmeras possibilidades que podem ser oferecidas nesse campo.
O encontro contou com a palestra de Bernardo Matozinhos, médico do trabalho e especialista em tecnologia e saúde. Para Matozinhos, o tema não é nenhuma novidade e já vem sendo debatido desde a década de 40. “Em 2022, a temática explodiu, muito em virtude da pandemia e dos obstáculos impostos pelo confinamento. O que de fato sabemos, hoje, é que o uso da tecnologia pode auxiliar no diagnóstico e na prevenção de eventos ligados à saúde. Por isso é preciso se informar cada vez mais sobre o assunto. Não adianta fugir.”
Para o cirurgião geral e urologista, Pedro Romanelli, especialista em cirurgia robótica, é importantíssimo preparar os médicos para lidar com as novas tecnologias. “Sabemos dos altos custos, mas a cada dia, novas empresas chegam tornando essa realidade mais acessível. As tecnologias podem ser usadas para o bem e precisam ser bem direcionadas. Com treinamento e estudo, podemos ter esses recursos muito mais como nossos amigos do que concorrentes.”
Após as apresentações, o coloproctologista e cirurgião geral, Alan Araújo, fez a moderação do evento levantando questões importantes e suscitando a reflexão dos convidados. “É preciso falar mais sobre o tema para desmitificá-lo e romper barreiras.”
Para a diretora científica da AMMG, Sinara Mônica de Oliveira Leite, nada supera a sensibilidade humana no trato com o outro. No entanto, é preciso estar atento as evoluções tecnológicas que, junto ao saber científico, podem ser fortes aliadas em diagnósticos e tratamentos.
Fotos: Gláucia Rodrigues