Dia Mundial do Diabetes: atenção à saúde feminina
Prevalência, sinais de alerta e riscos na gestação reforçam a necessidade de acompanhamento periódico com o ginecologista.
O diabetes, doença crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, afeta principalmente mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde (2023), 11,1% das brasileiras adultas convivem com diabetes, percentual superior ao dos homens (9,1%). Após os 65 anos, a prevalência entre mulheres chega a 31%, reflexo de alterações hormonais, envelhecimento e aumento do tecido adiposo, que eleva a resistência à insulina. A condição está associada a complicações graves, como infarto, AVC, insuficiência renal e perda de visão, além de afetar a fertilidade, o ciclo menstrual e a gestação.

A médica ginecologista e membro da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), Suzana Pires do Rio, chama atenção para fatores hormonais e metabólicos que tornam o tema estratégico na saúde da mulher e defende o papel essencial do ginecologista na prevenção e diagnóstico precoce.
“O declínio do estrogênio na menopausa rompe o equilíbrio entre formação e reabsorção óssea e também influencia o metabolismo da glicose. Na prática, a resistência insulínica tende a aumentar e o risco de diabetes cresce”, explica a médica. “Ao acompanhar a mulher de forma contínua, o ginecologista está em posição privilegiada para identificar precocemente fatores de risco, solicitar exames como glicemia de jejum quando indicado, orientar mudanças de estilo de vida e encaminhar para outras especialidades quando necessário.”
Segundo a especialista, reconhecer sintomas e grupos de risco é decisivo. No diabetes tipo 1 (DM1), que costuma surgir em crianças, adolescentes e adultos jovens, há sinais como sede e vontade de urinar frequente, perda de peso e fadiga. Já no tipo 2 (DM2), mais comum após os 40 anos e associado a obesidade e histórico familiar, chamam atenção as repetidas infecções, visão embaçada, cicatrização lenta e formigamento nos pés. “Para gestantes, o diabetes gestacional exige vigilância redobrada: controle inadequado aumenta complicações fetais e neonatais e amplia, no futuro, o risco materno de desenvolver DM2”, acrescenta.
Além do impacto cardiovascular (maior risco de infarto e AVC em mulheres com diabetes), Dra. Suzana destaca efeitos sobre saúde mental, renal e ocular, infecções urogenitais recorrentes e alterações do ciclo menstrual quando a glicemia está descontrolada. “A prevenção começa antes do diagnóstico: alimentação equilibrada prescrita por profissional habilitado, atividade física com musculação e exercícios aeróbicos supervisionados, manutenção do IMC saudável, cessação do tabagismo e moderação no álcool. Com informação qualificada e seguimento regular, é possível reduzir complicações e ganhar qualidade de vida.”
A médica destaca três pontos essenciais para a saúde da mulher:
- Rastreio e oportunidade clínica: consultas de rotina em ginecologia são momentos estratégicos para mapear risco, solicitar exames e orientar condutas.
- Gestação sob cuidado: o rastreio universal do diabetes e o controle glicêmico rigoroso durante a gravidez protegem mãe e bebê e reduzem eventos como macrossomia, hipoglicemia neonatal e parto prematuro.
- Hábitos de vida saudáveis: plano alimentar individualizado, exercício supervisionado e controle de fatores de risco (pressão, peso, tabaco) sustentam o bom controle glicêmico.
Sobre a SOGIMIG
A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais é uma entidade filiada à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Possui cerca de 2.000 associados e trabalha para a atualização científica e para a defesa e a valorização dos profissionais da área.
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