Gravidez na adolescência

Gravidez na adolescência

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

Médica destaca a importância da comunicação de qualidade para a conscientização e os cuidados necessários.

De 1º a 8 de fevereiro, o Brasil celebra a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, um período voltado a conscientizar sobre os cuidados e desafios enfrentados por jovens durante a transição para a vida adulta. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, cerca de 300 mil partos foram registrados entre mães adolescentes, representando 12% do total de partos no país, incluindo 13.939 casos envolvendo meninas de 10 a 14 anos.

Para a médica Cláudia Barbosa Salomão, membro do Comitê da Infância e Adolescência de Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), membro da Comissão Especializada em Ginecologia da Infância e Adolescência da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a redução de 11,8% nos casos de gravidez em adolescentes, em relação às outras faixas etárias, entre 2021 e 2023, reflete o impacto positivo de uma comunicação clara e eficaz com pacientes, pais e responsáveis.

“Há um mito de que falar sobre sexualidade com os adolescentes os expõe a mais riscos, mas é justamente o contrário. Jovens bem orientados têm mais consciência para tomar decisões seguras e responsáveis”, afirma a médica.

Primeira Consulta Ginecológica

Segundo a especialista, a puberdade é uma fase sensível, que desperta muitas dúvidas entre os pais. Uma das principais questões é o momento ideal para a primeira consulta ginecológica. O acompanhamento ginecológico deve começar no início da adolescência, por volta dos 10 anos, a partir dos primeiros sinais da puberdade. Cláudia Salomão destaca que os sinais típicos da puberdade incluem:

  • Broto mamário (por volta dos 10 anos);
  • Desenvolvimento de pelos (por volta dos 11 anos);
  • Primeira menstruação (por volta dos 12 anos).
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“Essa consulta é fundamental para esclarecer mudanças corporais, discutir saúde reprodutiva e reforçar a importância da vacinação contra o HPV, que é essencial para prevenir o câncer de colo de útero.”

Além de abordar aspectos relacionados à puberdade, a primeira consulta ginecológica permite que o médico avalie a saúde geral da adolescente, considerando fatores fisiológicos, ambientais e psicológicos.

A médica alerta que alterações no padrão esperado, como sinais de puberdade antes dos 8 anos ou ausência de desenvolvimento até os 13/14 anos, devem ser avaliadas por um médico.

O Papel da Família

Apoio familiar e escolar são fundamentais para garantir que os jovens tenham acesso a informações confiáveis sobre sexualidade, higiene, vacinas e saúde reprodutiva.

“A puberdade é uma fase de grandes transformações, onde os hormônios impactam o corpo, a mente e o comportamento. Por isso, é essencial que pais ou responsáveis acompanhem essa etapa com paciência, informação e suporte adequado”, explica Cláudia.

Respeito à Confidencialidade

O sigilo médico é um princípio fundamental. Caso a paciente adolescente prefira realizar a consulta sem a presença de pais ou responsáveis, o sigilo sobre as informações compartilhadas será plenamente respeitado. Salvo casos em que a quebra do sigilo se torne necessária pela segurança da paciente.

Sobre a Sogimig

A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais é uma entidade filiada à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Possui cerca de 2.000 associados e trabalha para a atualização científica e para a defesa e a valorização dos profissionais da área.

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 Assessoria de Imprensa Sogimig
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