Respeito à Diversidade: o conhecimento é o primeiro passo para combater o preconceito e a discriminação
A médica Érika Mendes fala sobre a sua família, o ambiente de trabalho e relembra as muitas vezes que teve que exigir respeito
O conhecimento é o primeiro passo para combater a discriminação. Dessa forma, encerramos a campanha “O Respeito nos Une” lançada em maio deste ano pela Unimed-BH em parceria com o Conselho Regional de Minas Gerais (CRM-MG), da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), da Unimed Federação Minas e da Federação Nacional das Cooperativas Médicas (Fencom),
Assim como falamos de racismo, etarismo, capacitismo e machismo, abordar a temática LGBTQIA+ é mais uma forma de enfrentamento ao preconceito e promoção dos direitos humanos.
Atualmente, cerca de 20 milhões de brasileiros (10% da população) se identificam como pessoas LGBTQIA+, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Ainda que criminalizada desde 2019 (atrelada à Lei de Racismo n°7716/89), na prática, a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero segue aumentando. De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, em 2022, o país foi, pelo décimo quarto ano seguido, o que mais matou pessoas trans e travestis no mundo. Somos responsáveis por 29% do total mundial de mortes dessa população, ou seja, quase um terço, de acordo com relatório do Projeto Transrespeito versus Transfobia Mundial (TvT).
Embora tenham conquistado importantes avanços ao longo dos anos, essas pessoas ainda enfrentam desafios diários. Partindo para a esfera da saúde, esse é um debate importante, porque a familiaridade dos médicos com os aspectos da saúde de pessoas LGBTQIA+ impacta diretamente na qualidade da atenção prestada nos serviços.
Conheça a história da Érika
Médica Ginecologista e Obstetra, Érika Mendes é casada com a Kelly e mãe de dois filhos, o Daniel e a Marina. São mais de 22 anos de relacionamento e a construção de uma família sólida e muito bem estruturada.
Mas, apesar da confiança pessoal e da tranquilidade familiar, ela conta que nem sempre foi assim. “Não foi fácil entrar numa universidade pública e fazer um curso tão elitizado, como o de Medicina. Enquanto profissional, nunca senti preconceito em relação à minha parte técnica, mas o que vejo, e não é pouco na área médica, são piadinhas machistas, desrespeitosas, ou manifestações racistas, homofóbicas, capacitistas, muitas vezes, veladas”.
Ela reforça a importância do respeito em todas as relações. “Não sou incapaz de nada, tenho a mesma capacidade profissional que todos os meus colegas de profissão. O respeito à pessoa humana deve ser um só. Respeito é respeito. E somente com informação, com a comunicação para todos – médico, paciente, equipes assistenciais – é que podemos mudar essa realidade”.
CLIQUE E ASSISTA AO VÍDEO DEPOIMENTO DA ÉRIKA MENDES
https://comunicacao.unimedbh.com.br/diversidade-lgbt
Entenda mais sobre o tema
PARA LER MAIS SOBRE O ASSUNTO LGBTQIA+ CLIQUE NO LINK DA CARTILHA
https://static.unimedbh.io/gecc/uploads/CAPITULO_LGBTQIA.pdf
“O respeito nos une”
A campanha “O Respeito nos Une” é um movimento pela valorização da diversidade e o combate ao assédio. Os médicos que participaram da campanha representam tantas outras pessoas que são alvo de atitudes discriminatórias, algumas vezes por meio de perguntas ou comentários inapropriados, que apenas dão luz a questões culturais ainda muito enraizadas na nossa sociedade.
Para conhecer toda a campanha acesse https://comunicacao.unimedbh.com.br/diversidade