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24 horas pelo Glaucoma

24 horas pelo Glaucoma

O glaucoma é uma das principais doenças oculares em todo o mundo e causa cegueira irreversível. Os seus sintomas, às vezes, demoram meses e até anos para aparecerem. Justamente por ser uma doença silenciosa, é preciso que a população entenda a necessidade de se consultar com o médico oftalmologista regularmente. Somente esse especialista é capaz de diagnosticar o glaucoma, indicar o tratamento correto e fazer o acompanhamento da evolução da doença.

O objetivo do 24h pelo Glaucoma é mobilizar especialistas, população e órgãos competentes em torno da conscientização sobre essa questão de saúde pública.

​Anote na agenda: o 24h pelo Glaucoma será no dia 25 de maio de 2024, a partir das 9h, nas redes sociais oficiais do CBO.

​A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) apoia essa campanha.

Participe!

Avaliação do nervo óptico. Chamado de fundoscopia, este exame avalia a aparência do disco óptico (começo do nervo óptico na parte interna do olho). Um aparelho com uma luz é utilizado para examinar as estruturas dentro do olho e, às vezes, é necessário realizar a dilatação pupilar. Esse é um dos exames mais importante para detectar e tratar o glaucoma.

Entenda o Glaucoma

O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença crônica que atinge o nervo óptico, estrutura responsável por conectar o que o olho enxerga com o cérebro para formar a visão. A pressão intraocular suficientemente elevada machuca o nervo óptico progressivamente e, infelizmente, não é possível recuperar as partes do nervo que foram lesadas. Assim, o glaucoma não tratado corretamente pode levar a perda da visão permanente.

Quais as causas do glaucoma?
​A grande maioria dos casos de glaucoma ocorre por um “defeito de fábrica” – as pessoas já nascem “programadas” para ter a doença, ou seja, não é nada do que o paciente fez ou deixou de fazer. Existem alguns glaucomas chamados secundários, que ocorrem devido a traumas oculares, algumas doenças (artrite reumatoide e diabetes, por exemplo) e/ou uso de algumas medicações (como corticoides).

​Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma?
​Um dos principais fatores de risco associado ao desenvolvimento do glaucoma é o histórico da doença na família, mas, além dele, outros fatores são: etnia africana (para glaucoma de ângulo aberto) ou asiática (glaucoma de ângulo fechado), idade acima de 40 anos e presença de miopia em graus altos. É muito importante que toda pessoa que faz parte do grupo de risco realize o acompanhamento médico oftalmológico.

​Quais os tipos de glaucoma?
​Glaucoma primário de ângulo aberto. Este é o tipo mais comum dos glaucomas. Um problema no sistema de drenagem interno (“encanamento”) do olho faz com que a pressão intraocular fique suficientemente alta, com a consequente lesão do nervo óptico. Evolui, geralmente, de maneira lenta e progressiva, e os pacientes normalmente não percebem nada de errado com a visão.

Glaucoma de ângulo fechado. Este é o segundo tipo mais comum, no qual o problema é uma obstrução da abertura do sistema de drenagem (“fechamento do ralo”). Esta obstrução pode ocorrer de maneira rápida e extensa, resultando num aumento súbito da pressão intraocular, dor forte, enjoo e visão turva. Esta situação mais grave é chamada de glaucoma agudo, mas felizmente representa uma pequena parte dos casos de glaucoma de ângulo fechado. A maioria evolui de maneira mais lenta e sem sintomas.

Glaucoma secundário. Quando o glaucoma ocorre por algum outro fator que leva ao aumento da pressão intraocular, como trauma, uso de medicação a base de corticoide, tumores, inflamações, hipertensão arterial e diabetes.

Glaucoma congênito. Este tipo afeta bebês e crianças pequenas e é resultado de um erro na formação do sistema de drenagem do olho, causando o aumento da pressão intraocular logo ao nascimento ou nos primeiros meses de vida. Os sinais de alerta são um olho grande e sem brilho, lacrimejamento, grande sensibilidade à luz, que faz com que a criança fique com as pálpebras bem fechadas em ambientes muito iluminados.

​Quais os sintomas do glaucoma?
Embora tenha diferentes tipos e manifestações, na maior parte dos casos o glaucoma é assintomático: não dói, não coça, não arde, não causa qualquer incômodo. Ainda assim, continua danificando o nervo óptico e, somente quando a doença está avançada, o paciente começa a perceber dificuldade de enxergar. O tratamento consegue apenas manter a visão do paciente, pois tudo que se perde do nervo não pode ser recuperado. Por isso, identificar a doença ainda nos estágios iniciais é muito importante.

​A importância do diagnóstico precoce
​Quanto antes diagnosticar o glaucoma, menores as chances de problemas na visão. O tratamento, geralmente, é mais simples e o controle do glaucoma mais fácil nas fases iniciais.

Como a doença evolui de forma assintomática, as visitas regulares ao oftalmologista são fundamentais, especialmente para pessoas que fazem parte do grupo de risco. O médico oftalmologista é o único profissional que pode diagnosticar o glaucoma com segurança.

Entenda como funcionam os exames que auxiliam no diagnóstico de glaucoma!

​Avaliação da pressão ocular. Uma gota de colírio anestésico é aplicada para que um pequeno aparelho verifique a pressão intraocular. A pressão intraocular é o principal fator de risco para ter glaucoma, mas isso depende da susceptibilidade individual de cada pessoa.

​Avaliação do nervo óptico. Chamado de fundoscopia, este exame avalia a aparência do disco óptico (começo do nervo óptico na parte interna do olho). Um aparelho com uma luz é utilizado para examinar as estruturas dentro do olho e, às vezes, é necessário realizar a dilatação pupilar. Esse é um dos exames mais importante para detectar e tratar o glaucoma.

​Avaliação do campo visual. Este exame auxilia o oftalmologista na identificação de perdas da visão periférica causadas pelo glaucoma. O exame consiste no paciente apertar um botão quando consegue ver pontos luminosos em diferentes localizações. A avaliação do campo visual exige a atenção do paciente durante o exame, e os exames seriados são importantes para avaliar se o glaucoma está controlado ou não.

Avaliação do ângulo da câmara anterior. O exame se chama gonioscopia e permite a avaliação da entrada do sistema de drenagem interno do olho. É um exame fundamental para ajudar a identificar o tipo de glaucoma, e por consequência, o tratamento mais adequado. O exame é feito após o uso de colírio anestésico e com o uso de uma lente especial sobre o olho por alguns segundos.

​Avaliação da espessura da córnea. Quando a espessura da córnea (“vidro do relógio do olho”) é mais fina ou mais grossa do que a média normal, os valores da pressão intraocular obtidos pelos aparelhos precisam ser corrigidos. Esse exame chama-se paquimetria.

Exames de imagem. São exames complementares que auxiliam na avaliação das estruturas intraoculares no glaucoma de uma maneira mais objetiva, sem depender tanto da atenção do paciente como o exame de campo visual, tanto para o acompanhamento dos casos confirmados de glaucoma, como nos casos suspeitos: retinografia, tomografia de coerência óptica (OCT) e topografia de disco óptico (HRT).

Como é realizado o tratamento de glaucoma?
O tratamento do glaucoma comprovadamente eficaz consiste na redução dos níveis de pressão intraocular, que pode ser obtida através de:

​Colírios: são utilizados uma ou duas vezes por dia; sendo que, às vezes, mais de um colírio pode ser necessário para o controle da pressão intraocular. O glaucoma é uma doença crônica que, infelizmente, não tem cura, mas há controle como nas doenças de hipertensão arterial e diabetes. Assim, eles devem ser aplicados de maneira correta e utilizados regularmente, todos os dias.

Laser: existem diversos tipos de laser para o tratamento do glaucoma, sendo que a trabeculoplastia seletiva a laser é um procedimento que pode reduzir a pressão intraocular por algum tempo, e com raras complicações.

Cirurgias: existem diversas técnicas cirúrgicas para reduzir a pressão intraocular e controlar o glaucoma. As técnicas tradicionais e bem conhecidas são a trabeculectomia e o implante de tubo de drenagem; e várias técnicas novas estão disponíveis, porém ainda carecem de bons níveis de evidência sobre a indicação, eficácia e segurança a médio e longo prazo.

​Importante ressaltar que o paciente submetido a tratamentos a laser ou cirúrgicos ainda precisam de acompanhamento frequente com o oftalmologista, pois esses procedimentos podem ser insuficientes ou perder o efeito com o tempo.

​Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico oftalmologista para que se possa definir a abordagem de tratamento mais adequada.

Fonte: https://www.24hpeloglaucoma.com.br/

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