Dia: 17/09/2025

Ginecologia e Obstetrícia

XVII CMGO em BH

XVII CMGO reúne especialistas em BH com programação científica intensa Congresso promovido pela SOGIMIG celebrou 80 anos da entidade, lançou publicação de referência, promoveu oficinas inéditas e anunciou entrega de prêmios. O XVII Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia (CMGO), promovido pela SOGIMIG, promoveu debates atuais, cursos “mão na massa” e uma agenda que integrou academia, serviço e gestão. Em quatro dias, o evento combinou ciência, formação prática e iniciativas de engajamento de residentes e equipes de consultório. A cerimônia de abertura destacou os 80 anos da SOGIMIG. A presidente Inessa Beraldo lembrou o legado da entidade: “mais de 100 eventos e 14 publicações entre 2023 e 2025” e reforçou o compromisso com inovação e futuro. A jornalista Larissa Carvalho, mãe de uma criança com doença rara, emocionou o público ao defender o olhar clínico atento “para além dos diagnósticos simplistas”, durante a palestra de abertura. Ainda no primeiro dia, dois prêmios científicos foram entregues: A parceria com a SES-MG rendeu a oficina Ciclos da Vida, voltada à rede de atenção integral. Fechando o primeiro dia, o curso prático sobre lesões intraoperatórias (sutura de reto e bexiga). “A ideia é treinar condutas críticas com segurança e precisão”, destacou o presidente eleito da SOGIMIG, Eduardo Cândido. No segundo dia, a SOGIMIG lançou a 7ª edição do Manual de Ginecologia e Obstetrícia – especial 80 anos, com capítulos inéditos (bioética, medicina fetal, diversidade sexual e de gênero) e versão digital. O Fórum Mortalidade Materna em Ação (parceria com a SES-MG) aproximou os mundos da saúde pública e da assistência especializada. Na sala de cursos, conhecimento atrelado às demandas reais: inserção de Implanon (método de longa duração incorporado ao SUS) e Versão Cefálica Externa, estratégia para ampliar a chance de parto vaginal em cenários selecionados. Os painéis trouxeram atualizações sobre acretismo placentário, novas diretrizes para rastreamento do câncer do colo do útero (HPV como teste primário), bexiga hiperativa (plano terapêutico por fenótipo) e dietas anti-inflamatórias (ceticismo baseado em evidências na endometriose). O FEBRAQUIZ, a dinâmica de residentes da FEBRASGO, levou o clima de competição para o CMGO. A equipe Laranja Mecânica (BH) levou o título da primeira edição realizada no Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia. No terceiro dia de Congresso, no painel Soft skills no bloco obstétrico, Cláudia Laranjeira defendeu que liderança, comunicação e trabalho em equipe “salvam vidas” e devem ser treinados com simulação e feedback. A conferência de Frederico Peret revisitou condutas que transformaram a obstetrícia moderna: ocitocina na hemorragia pós-parto, AAS contra pré-eclâmpsia, sulfato de magnésio na eclâmpsia, profilaxia da transmissão vertical do HIV e corticoterapia antenatal. Já Fernando Marcos dos Reis alertou para os riscos do uso indiscriminado de testosterona em mulheres, lembrando que o consenso internacional restringe a indicação ao transtorno do desejo sexual hipoativo, com formulações transdérmicas e avaliação criteriosa. “Sem indicação clara e formulação validada, o ‘benefício’ estético cede lugar a danos potencialmente graves”, pontuou. Entre as capacitações, o curso de PTGI com ênfase em CAF e conização atualizou condutas na era do PCR para HPV, reforçando a necessidade de colposcopia qualificada e indicação precisa de tratamento. No quarto e último dia de Congresso, a diretora Laura Maria Almeida Maia abriu o Prêmio Guilherme Resende de temas livres, um estímulo à produção científica em Minas Gerais. Em ação inédita, o curso para secretárias reuniu cerca de 50 participantes. A programação foi construída a partir de pesquisa com médicos e equipes, abordando comunicação, gestão de agenda, conflitos, IA e experiência do paciente. “A porta de entrada do consultório é o atendimento. Preparamos muito o técnico e, às vezes, esquecemos do operacional”, resumiu Juliana Feitosa Dibai da empresa EJ – Apoio à Gestão em Saúde. Para a participante Vera Ferreira, o conteúdo “pé no chão” fortaleceu práticas e abriu diálogo com os médicos para alinhamento de expectativas.

Leia mais »
AMMG em dia

Seja um doador

A doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida (doadores) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito importante, pois pode salvar vidas. O indivíduo que esteja necessitando do órgão ou tecido o receberá por meio da realização de um processo denominado transplante. O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido presente na pessoa doente (receptor), é substituído por um órgão ou tecido sadio proveniente de um doador. De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador.  Na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto. É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar órgãos ou tecidos! REFERÊNCIA MUNDIAL O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Transplante de órgãos, medula óssea e tecidos O paciente que necessita de um transplante deve ser inscrito em lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).  COMO SE TORNAR UM DOADOR DE ÓRGÃOS É importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizar a doação e retirada dos órgãos e tecidos. ATENÇÃO No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só será realizada após a autorização familiar. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). É preciso conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto, deixando clara sua intenção de doar. AUTORIZAÇÃO FAMILIAR Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos. A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser transformado em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que aguardam em lista de espera por um transplante de órgãos ou tecidos. No Brasil, a retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Assim, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar. Dessa maneira, se a família não autorizar a doação, os órgãos não serão retirados e a oportunidade da realização dos transplantes, tirando pessoas das listas e devolvendo a vida ou a qualidade de vida, será perdida. A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada, é fazer com que a família saiba sobre do desejo de doar do parente falecido. Na maioria das vezes os familiares atendem a esse desejo, por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar, mas sua família precisa saber sobre o seu desejo de se tornar um doador após a morte, para que possa autorizar a efetivação da doação. A doação consentida é a modalidade para a doação que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes. Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro o desejo de doar! ENTREVISTA FAMILIAR Depois da confirmação da morte encefálica a família é entrevistada por uma equipe de profissionais de saúde, para informar sobre o processo de doação e transplantes e solicitar o consentimento para a doação. Após a manifestação do desejo da família em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza outra parte da entrevista, que contempla a investigação do histórico clínico do possível doador. A ideia é investigar se os hábitos do doador possam levar ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor. Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. A entrevista é essencial para a que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde. para a que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt/como-ser-doador-de-orgaos

Leia mais »