Dia: 8/10/2024

Ginecologia e Obstetrícia

Combate à sífilis

19 de outubro Dia Nacional de Combate à Sífilis Médicos alertam para o risco da transmissão para os bebês durante a gestação e no parto. A sífilis é uma infecção bacteriana causada pela Treponema pallidum, transmitida principalmente por contato sexual desprotegido. Em Minas Gerais, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, de janeiro a julho foram registrados 32.351 casos de sífilis em gestantes e 11.818 casos de sífilis congênita, que ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto (transmissão vertical). Ainda de acordo com o Governo de Minas Gerais, de 2020 a 2023 o número de casos da doença transmitida para o bebê aumentou, em média, 8% ao ano. Se não tratada, a sífilis pode evoluir para estágios mais graves e trazer consequências tanto para a mãe quanto para o bebê. Para as gestantes, a infecção pode causar complicações como aneurismas, problemas neurológicos e lesões em órgãos vitais. Para o bebê, a transmissão pode resultar em aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro e sífilis congênita, que pode provocar malformações ósseas, surdez, cegueira e problemas neurológicos. Segundo o médico Júlio Couto, membro do Comitê Gravidez de Alto Risco e Medicina Fetal da SOGIMIG e especialista em infecções congênitas, “a sífilis congênita é uma condição grave, mas completamente evitável com o diagnóstico e tratamento adequados durante o pré-natal”. Ele ressalta que o pré-natal é a principal ferramenta para identificar e tratar a infecção precocemente, garantindo a saúde da mãe e do bebê. O pré-natal tem papel fundamental na prevenção da sífilis congênita. Durante o acompanhamento da gestação, são realizados exames de triagem como o VDRL, que detectam a presença da bactéria. Se a infecção for identificada, o tratamento com penicilina benzatina deve ser iniciado imediatamente, sendo o único tratamento eficaz para a sífilis em gestantes. Além disso, é fundamental que o parceiro da gestante também seja tratado para evitar a reinfecção, um dos grandes desafios no controle da sífilis materna e congênita. Prevenção A presidente do Comitê Gravidez de Alto Risco e Medicina Fetal da SOGIMIG, a médica Suzana Pires do Rio,  destaca que a conscientização é uma das principais armas contra a sífilis. “A prevenção da sífilis passa pela educação sexual, uso de preservativos e diagnóstico precoce no pré-natal. Com a detecção oportuna e tratamento adequado, podemos evitar complicações graves para mãe e bebê”, afirma. A médica reforça a importância de que todas as gestantes realizem o pré-natal completo, incluindo os testes para sífilis, e que os profissionais de saúde estejam atentos para garantir que o tratamento seja feito da forma correta, tanto para a mãe quanto para o parceiro. Sobre a SOGIMIG A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais é uma entidade filiada à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Com cerca de 2.000 associados, a SOGIMIG atua para a atualização científica e defesa dos profissionais da área.  Contato para imprensa Flávio Amaral – Assessoria de Imprensa SOGIMIG  (31) 9 9235-9531 | flavio@maisinovacao.com.br  +Inovação | Comunicação e Estratégias Inteligentes

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