Dia: 5/09/2023

Geral

Exposição: arte em Macramê

Conheça a arte em Macramê ‘Arte em Macramê’ é a exposição do mês de setembro no Espaço Cultural Otto Cirne. A artista Maria Aparecida Teixeira da Silva, em sua estreia, apresenta peças para decoração que estampam as belezas produzidas em tecelagem, que consiste em fios, de várias espessuras, traçados e atados em nós. O nome Macramê (Migramach) é de origem turca, e significa “tecido com franjas, tramas ornamentais e galão decorativo” e também nomeia a técnica em que as obras são feitas. Corujas, Nossa Senhora, árvores da vida, guirlanda e anjos são as imagens da mostra e que podem compor qualquer ambiente. Nascida em Cuiabá (MT), ela revela que o ofício de tecer fios veio do patriarca da família “Meu pai era agricultor, mas também produzia e vendia bandeiras em Macramê. Ele me ensinou a técnica e fui aperfeiçoando sozinha. É tudo 100% artesanal e levo até cinco horas dependendo da peça, porque se erro um ponto, desmancho e recomeço do zero”, explica. Hoje, aos 41 anos, Maria Aparecida concilia há duas décadas a arte com a atividade que a mantém financeiramente. “Vivo em Belo Horizonte há oito anos e atualmente estou na Associação Médica, no Setor de Serviços Gerais. Então, crio somente no tempo livre, pois não dá para viver só da tecelagem.” Para a exposição, os itens variam dos tamanhos de 40 cm x 50 cm, até 60 cm x 60 cm. Sob encomenda, a artista costuma criar anéis para guardanapo, bolsas, chaveiros, enfeites natalinos, jogo para banheiro, passadeiras, pulseiras e tapetes. “Consigo reservar um tempo para ensinar Macramê em uma instituição que assiste crianças carentes.” Seu ateliê é em sua própria casa, onde costuma acompanhar pelo YouTube as aulas da professora Osana Barreto, de São Gonçalo (RJ), conhecida como Osana Macramê. “Admiro o que ela faz e aprendo muito. Quando estou tecendo sinto que estou fazendo algo terapêutico”, avalia. Trabalhar com os fios levou Maria Aparecida a ter facilidade com o rapel, que aprendeu se formando como brigadista profissional do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. “Sou rapelista e saber manusear bem as cordas faz uma grande diferença no que considero um lazer”, salienta. Ela se orgulha de a técnica ter acrescentado em algo que amou ter aprendido. A artista irá comercializar as obras. ‘Arte em Macramê’ estará aberta à visitação até o final do mês de setembro, de 8h às 21h, de segunda a sábado. O Espaço Cultural Otto Cirne está localizado no hall de entrada do Centro de Convenções e Eventos da Associação Médica de Mina Gerais e é destinado à exposição de obras de arte de autoria de associados e seus dependentes. Médicos não associados e artistas não médicos podem utilizar o espaço, dependendo da disponibilidade na agenda. Interessados devem entrar em contato com a Assessoria de Comunicação, pelo telefone (31) 3247 1608 ou e-mail comunicacao@ammg.org.br.

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Notícias

Demanda por córnea dobra

Demanda por córnea quase dobra no país ‘Setembro Verde’ aborda a doação de órgãos em geral, orientando a população sobre a importância do tema   De acordo com a Agência Brasil, órgão público de notícias, a demanda, especificamente, por transplante de córnea no Brasil dobrou ao longo dos últimos cinco anos. Em 2019 eram 12.212 pessoas na fila e até maio deste ano cerca 24 mil e 300 pacientes estão na espera. As campanhas para doação do órgão são realizadas durante todos os meses e são intensificadas no ‘Setembro Verde’ que aborda os transplantes de maneira geral. A Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO) reforça o movimento orientando a população sobre a importância de ser um doador.   Um dos entraves tanto para o transplante de córnea quanto de outros órgãos é que, desde o desaceleramento da pandemia da Covid-19, o volume de procedimentos não retornou ao normal. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o total de intervenções feitas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 é menor do que o que era executado no início da década passada. O diretor da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) e da SMO, Luiz Carlos Molinari, explica que a cirurgia na córnea pode recuperar em mais de 90% a visão do paciente com alguma deficiência visual.   Molinari ainda esclarece que a córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho que pode ser comparada ao vidro de um relógio ou a uma lente de contato. “Se a córnea embaça a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou, às vezes, até perder a visão”, acrescenta. Conforme ele, a decisão de transplantar um paciente ocorre quando todos os outros tratamentos já não são eficientes para manter a qualidade de vida e, nesse caso, resolver o problema visual.   Dados da CBO de maio deste ano mostram que São Paulo contabiliza nove unidades de transplante e responde por um terço das cirurgias de córnea: foram 29,9 mil intervenções entre 2012 e 2022. Em seguida está Pernambuco com 5770 procedimentos, Minas Gerais com 5696, Paraná com 4946 e Ceará com 4727. Na outra extremidade estão Tocantins, Acre, Rondônia, Alagoas e Paraíba com respectivamente 145, 237, 569, 625, e 1115 transplantes de córnea. Em todo o país, o Ministério da Saúde informa que 24 estados possuem pelo menos um banco de tecidos oculares na rede pública, exceto Acre, Amapá e Roraima.   “Deixar claro que a pessoa é um possível doador de órgãos é extremante importante, assim como orientar as famílias sobre a difícil decisão no momento da perda de um ente querido”, salienta Molinari. Para ele também é necessário lembrar a necessidade de equipes bem treinadas para a retirada do órgão em tempo hábil para o transplante e a boa comunicação entre as instituições responsáveis por todo o processo. Em Minas Gerais, a fila de espera e outras informações ficam a cargo do MG Transplantes.

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