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Palestra: ‘A morte é um dia que a vale a pena viver’

A primeira edição do ano do projeto ‘Terça Cultural’ trouxe à Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), na noite do dia 21 de março, a geriatra formada em cuidados paliativos Ana Cláudia Quintana Arantes. Com a palestra intitulada ‘A morte é um dia que a vale a pena viver’, a especialista falou sobre a importância da valorização da vida e a formas de abordar com pacientes e familiares o tema terminalidade.

O vice-presidente da AMMG, Gabriel de Almeida Silva Júnior, deu às boas-vindas aos estudantes de medicina, a médicos e outros profissionais da saúde. Ele destacou que o projeto está em sua 35ª edição, agregando valor à entidade que continua integração com as sociedades de especialidades. A presidente da Sociedade de Tanatologia de Minas Gerais (Sotamig), Beatriz Birchal, frisou que a palestrante é uma pessoa inspirada, que dá aos colegas de profissão condições de serem melhores no que fazem.

A diretora científica da AMMG, Luciana Costa Silva, refletiu sobre a necessidade de abordar a morte: “Normalmente, as pessoas temem discutir, mesmo sabendo que morrer é a nossa única certeza”. Ana Cláudia Quintana Arantes começou relatando que, a princípio, o foco da palestra seria o estudante, pois nas faculdades se formam somente tecnicamente: “Precisamos humanizar e aprender a falar sobre temas que nos assustam”, disse.

A especialista lançou a pergunta ‘quando deveríamos pensar em morte?’ e contou ter sido acusada de mórbida por querer debater o assunto. “Com a palestra, mas também com meu livro homônimo, consegui chegar às pessoas. Afinal, elas podem se recusar a falar, mas podem querer ouvir e ler”, avalia.

A relevância dos cuidados paliativos também foi levada ao público. Arantes contou que para a maioria das pessoas a terminalidade é a condição de moribundo, até entendem que uma nova forma de cuidar pode proporcionar ao paciente terminal mais qualidade de vida no tempo que lhe resta. Ela ainda completa que o conhecimento técnico é uma base, mas não o seu horizonte. “A terminalidade acontece quando não há tratamento que modifique o quadro. Aí entra o cuidado paliativo, quando entendemos o tempo do paciente e fazemos tudo por ele.”

A geriatra explica que se a pessoa morrer devido a uma doença, vai precisar de cuidado paliativo. “10% das pessoas têm morte súbita e 90% por doença prolongada.” Para ela o que abrevia a vida são os medos: “Medo do diagnóstico, medo do medicamento, medo do tratamento, medo de sentir dor”. Arantes concluiu que ser capaz de falar sobre coisas que nos assustam pode afastar o medo e ser um bom desejo para o final.

O projeto ‘Terça Cultural’ é uma iniciativa da diretoria científica da AMMG. Mais informações: tercacultural@ammgmail.org.br ou pelo telefone (31) 3247 1619.

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Fotos: Clóvis Campos