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Documentário debate suicídio

Na noite do dia 13 de setembro, o projeto ‘Terça Cultural’ exibiu o documentário ‘Elena’ (2012), como mote para debater a prevenção do suicídio, tema da campanha mundial ‘Setembro Amarelo’. Psiquiatras e convidados polemizaram a história real da diretora da trama, Petra Costa, que refez o caminho da irmã morta na década de 90, nos Estados Unidos.

Em cerca de uma hora e meia de filme, Petra Costa uniu relatos pessoais com áudios da irmã Elena feitos em Nova Iorque, durante o período que estudou teatro e que já teria apresentado sinais de depressão crônica. O vice-presidente da Associação Mineira de Psiquiatria (AMP), Humberto Correa, contou que teve a oportunidade de conhecer a família e aponta peculiaridades do filme: “A própria Petra afirmou que a narrativa é feminina. Por isto pergunta-se ‘onde estão os homens na trama?’”. No entanto, Correa chamou atenção para os aspectos que são negligenciados quando se fala em suicídio. O maior, segundo ele, é que se trata de um problema de saúde pública.

O vice-presidente da AMP completou que a pessoa quando tira a própria vida inicia uma cadeia de problemas que atinge cerca de cinco a seis ao redor. “As consequências podem vir em tratamentos psicológicos como foram os casos de Petra e sua mãe, após a perda de Elena. Isto mostra que é importante cuidar de quem perdeu o ente querido”, esclarece. O psiquiatra disse que o fardo é pesado e surgem os sentimentos de culpa e raiva. Na plateia, as observações foram exatamente em torno da culpa e da raiva, do porque alguém se mataria e porque a pessoa faria isto com a família. Foi pontuado ainda o desespero de equipes médicas que param atendimentos para socorrer indivíduos que tentaram se matar.

Na opinião do psiquiatra Fernando Grossi, ‘Elena’ traz duas forças poderosas: arte e amor. De acordo com ele, o fato de Petra Costa ter seguido os passos da irmã na arte a faz reencontrar o sentido da vida. E o amor da mãe ao perceber a depressão da filha e, ao perdê-la, passa a entender famílias que se matam após um suicídio de um dos seus. O psiquiatra e diretor da AMMG, Paulo Repsold, pontuou que a maioria dos casos é fruto de um estado depressivo crônico. “Ficou claro que a mãe também passou um processo de depressão e Elena apresentou os nuances muito cedo”, frisou. Repsold avaliou que a personagem real encontrou no teatro a sua ‘tábua da salvação’, mas durou até que tirasse a própria vida: “O suicídio é uma atitude de final de carreira, é quando a depressão torna-se insuportável”, concluiu.

O vice-presidente e a diretora científica da AMMG, respectivamente, Gabriel de Almeida Silva Júnior e Luciana Costa, fizeram a abertura e o encerramento do evento. O projeto ‘Terça Cultural’ é uma iniciativa da diretoria científica da entidade. Mais informações: tercacultural@ammgmail.org.br ou pelo telefone (31) 3247 1619.

Fotos: Alberto Wu
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