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Serviços de diálise sob ameaça

Redução de serviços de diálise ameaça pacientes

 

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Último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia revela que apenas 7% dos municípios brasileiros têm serviço de diálise. O aumento do descredenciamento de centros ligados ao Sistema Único de Saúde é uma realidade.

Último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) revela que apenas 7% dos municípios brasileiros têm serviços de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Muitos centros de diálise fecharam ou solicitaram descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Só em 2015 foram oito. Unidades menores em pequenos municípios estão pedindo complementação aos gestores municipais locais ou formando consórcios para manterem as portas abertas, mesmo assim, com grandes dificuldades.

Estudo realizado pela SBN aponta que, nos últimos 20 anos, o número de pacientes com doença renal crônica (DRC) em programa de diálise triplicou e a prevalência passou de 200 a 600 pacientes por milhão da população. Entretanto, o número de Centros de Nefrologia não acompanhou este crescimento, colocando em risco a assistência e a vida de milhares de pessoas.

O presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN), José de Resende Barros Neto, explica que são realizados cerca de 50% do número de transplantes renais necessários no Brasil. De acordo com o especialista, o maior problema relacionado ao transplante não é a falta de equipes ou sua ausência, mas a baixíssima captação de órgãos, principalmente quando observada a alta demanda. “O transplante exige profissionais qualificados e um centro altamente estruturado para tratar esses pacientes, dificultando sua instalação em municípios menores por questões óbvias. Com relação ao número de equipes, o maior problema é o fato de estarem distribuídas de forma muito heterogênea pelo território brasileiro, sobram nas regiões Sul e Sudeste e faltam na Norte.”

Ele acrescenta que  a maioria dos pacientes que recebe tratamento crônico de diálise inicia o programa desconhecendo a patologia. Os atendimentos de emergência em hospitais públicos são os primeiros para mais de 70% dos pacientes. A partir disso, há o redirecionamento ao centro de diálise mais próximo de suas residências, em muitos casos, após terem iniciado um tratamento dialítico como pacientes internados. Segundo Neto, uma pequena fração é encaminhada a partir dos consultórios médicos, sobretudo, porque a maioria dos municípios não tem centros de referência ou nefrologistas atuando na rede de assistência. “Menos de 30% dos profissionais atendem no sistema público de saúde. A falta de acompanhamento prévio com o especialista implica numa preparação incompleta do doente para a diálise, o que pode agravar suas condições clinicas.”

O cenário, ainda de acordo com o médico, é de um aumento contínuo da Doença Renal Crônica, tendo implicações na vida dos indivíduos, de suas famílias e nos sistemas de saúde, o que faz com que haja uma necessidade de implantação de uma política que estimule a expansão de centros na maioria dos municípios e estados brasileiros.

 

Conheça as causas do desenvolvimento da DRC

– A DRC faz parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis responsáveis por 70% das causas de morte no país;

– As enfermidades surgem das mudanças epidemiológica, demográfica e nutricional ocorridas no Brasil, nos últimos 30 anos, com o incremento do consumo de alimentos industrializados;

– A DRC ainda é subdiagnosticada e sua primeira causa é a hipertensão arterial;

– Cerca de 30% da população brasileira é hipertensa, sendo que acima dos 60 anos esta percentagem é maior que 50%;

– O Diabetes Mellitus é a segunda causa da Doença Renal Crônica. Aproximadamente 30% dos diabéticos podem apresentar DRC.

Fonte: SBN
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