O quinto mês do ano ficou conhecido como ‘Maio Roxo’ com a campanha que coloca em evidencia as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), grupo onde estão incluídas a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) ilumina sua sede de roxo, durante este mês, e junto à Sociedade Mineira de Coloproctologia (SMCP), chama atenção para os cuidados e tratamentos destinados às DIIs.
Embora todo o mês seja dedicado ao debate das Doenças Inflamatórias Intestinais, 19 de maio é marco das ações em todo o mundo com o Inflammatory Bowel Diseases Day 2020 (IBD 2020). Durante esta semana, de 17 a 23, a SMCP, em seu perfil no Instagram (@smcprocto), realiza ‘lives’ com especialistas que irão falar à população sobre as DIIs em uma linguagem mais acessível. Os encontros serão sempre às 19h.
Segundo o presidente da SMCP, Bruno Giusti Werneck Côrtes, a Doença de Crohn, a mais comum entre as DIIs, é uma inflamação que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo – que vai da boca até o ânus. A doença não é contagiosa, surge tanto em adultos como em crianças. Também é cientificamente comprovado que fatores como o tabagismo, maus hábitos alimentares e contato com certos tipos de vírus e bactérias podem alterar a evolução da enfermidade.
A inflamação é chamada de doença de Crohn por ter sido documentada pelo médico americano Burrill Bernard Crohn (1884-1983).
Ao contrário da doença de Crohn, esse tipo de doença apresenta inflamação quase que exclusivamente a mucosa do intestino grosso e é mais frequente em pacientes mais velhos.
Geralmente, o diagnóstico de ambas enfermidades é realizado por meio de exames laboratoriais, radiológicos, colonoscopia e biópsia do intestino.
Ambas podem ser tratadas por meio do uso de medicações orais e injetáveis (por exemplo: salicilatos, corticoides, imunossupressores e biológicos) e em casos mais graves, a cirurgia.