Dia Mundial de Cuidados Paliativos
O Dia Mundial de Cuidados Paliativos ocorreu no dia 14/10, mas será celebrado pela Sociedade de Tanatologia e Cuidados Paliativos de Minas Gerais (Sotamig), no dia 28 de outubro (sábado), de 9h30 as 12h, no espaço terapêutico Guanamby . O evento é aberto ao público e terá participação de pessoas que possuem vivências relacionadas ao cuidado paliativo.
Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu como sendo um conjunto de ações como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares, diante de doenças que ameacem a continuidade de sua existência. Segundo a OMS, cerca de 40 milhões de indivíduos no mundo precisam de cuidados paliativos. Metade delas já se encontra em fase final de vida, enquanto a outra está com a doença em curso. Entre as condições mais comuns encontram-se as doenças cardiovasculares (39%), pulmonares (34%), câncer (10%), HIV/Aids (6%), entre outras. De acordo com pesquisadores, apesar de a necessidade ser grande, para a maioria das pessoas, alguma intervenção já traria benefícios. Cerca de 5% a 10% precisam de cuidados extremamente especializados, mas para 60% a 70%, intervenções básicas já seriam suficientes. No entanto, somente 14% da população é assistida, enquanto 86% não têm nada e morrem com dor e sofrimento.
Para a presidente da Sotamig, Beatriz Birchal, é necessário conscientizar a sociedade quanto ao acompanhamento de pacientes com doenças graves e/ou em fase de terminalidade. As ações incluem medidas terapêuticas para o controle dos sintomas físicos, intervenções psicoterapêuticas e conforto espiritual ao paciente e também aos familiares. Um programa adequado inclui as mesmas medidas para os profissionais da equipe médica e de saúde, além de educação continuada. A condição ideal para o desenvolvimento de um atendimento satisfatório ainda deve compreender uma rede de ações composta por consultas ambulatoriais, assistência domiciliar e internação em unidade de média complexidade, destinada ao controle de ocorrências clínicas e aos cuidados ao final de vida.
Birchal afirma que a melhor forma de promover o tema escolhido para esse ano – “Acesso Universal à Saúde e aos Cuidados Paliativos: Não deixe os que sofrem de fora” – é a difusão de conhecimento e de informação.
A ação também objetiva deixar clara a urgência da criação de políticas públicas para garantir o acesso da comunidade aos cuidados paliativos. Como possíveis soluções, a especialista aponta: um programa nacional para o desenvolvimento e manutenção de equipes para a assistência nessa área; interface com programas já existentes; estímulo à reformulação da grade das escolas médicas e de outras áreas da saúde, com a inclusão do tema como matéria; educação continuada aos profissionais da área; e um trabalho voltado ao público leigo sobre uma melhor aceitação do fim da vida.
Para se inscrever, acesse: https://www.sympla.com.br/dia-mundial-de-cuidados-paliativos-2017__192899