Encontro, 21 de outubro, traz à tona a importância e os desafios da implementação da prática no dia a dia. Aberto a médicos, profissionais da saúde e educação.
A inclusão escolar é um assunto cada vez mais debatido, no entanto profissionais de saúde e educação ainda têm dúvidas sobre quais soluções implementar no dia a dia. Para debater sobre o tema, a Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil – Regional Minas Gerais (Abenepi – MG), realiza no dia 21 de outubro (sexta-feira), às 20h, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), o encontro sobre ‘Inclusão escolar eficiente: como as neurociências podem ajudar?’, com a psicóloga, farmacêutica bioquímica, mestre e doutoranda em neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora de Educação do Instituto Lumina, Annelise Júlio-Costa.
De acordo com a especialista, já existe uma regulamentação sobre o tema. Mas na prática, muitas vezes, o que se encontra são profissionais desamparados. Para Júlio-Costa, percebe-se que a demanda por inclusão é urgente, mas as discussões recorrentemente se pautam em ideologias ou mesmo em uma visão romântica da educação.
Ainda segundo Júlio-Costa, no caso dos transtornos do neurodesenvolvimento a efetividade da inclusão é complexa, dado que boa parte dos cursos de licenciatura nem sequer abordam o tema. “Profissionais da saúde também têm dificuldades de integrar as informações clínicas e educacionais. Precisamos entender que o processo de inclusão é, necessariamente, um trabalho em equipe que irá envolver as escolas, médicos, pessoas da área da saúde e famílias. Devem ser considerados que os prejuízos inerentes a esses transtornos têm impactos em diferentes contextos e exigem múltiplas intervenções para a promoção não só da aprendizagem escolar, mas da qualidade de vida da criança”.
Júlio-Costa explica que em razão da quantidade de problemas associados aos transtornos do neurodesenvolvimento, como por exemplo, as dificuldades de aprendizagem, não é possível se dar ao luxo de usar estratégias de intervenção sem um respaldo científico e com algum tipo de benefício evidenciado. “Dentre os achados recentes de estudos em diversas áreas do conhecimento que podem nos embasar na prática inclusiva estão as neurociências. Assim, o objetivo da palestra é apresentar uma linha de raciocínio e técnicas com numa proposta de inclusão escolar eficiente e interdisciplinar”.
Para a vice-presidente da Abenepi-MG, Simone Facuri Lopes, a inclusão escolar apenas terá sucesso com a capacitação para identificar as habilidades potenciais de cada criança e estimular o desenvolvimento e adaptação dentro e fora da escola. “É um desafio que envolve as famílias, a sociedade e diversos profissionais da área da saúde e da educação”, completa. O evento é aberto aos médicos, demais profissionais da saúde e da educação. As inscrições são limitadas pelo site: https://www.eventbrite.com.br/e/inclusao-eficiente-como-as-neurociencias-podem-ajudar-tickets-28057559917
Palestra: ‘Inclusão escolar eficiente: como as neurociências podem ajudar?’
Data: 21 de outubro 2016
Horário: 20h
Local: AMMG, Avenida João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte.
Fonte: Assessoria de Imprensa AMMG