PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE E POPULAÇÃO
Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Alguns pacientes relatam coriza, obstrução nasal, dor de garganta e diarréia, esta menos frequentemente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada no estudo de 56 mil pacientes, 81% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar), necessitando internamento para oxigenioterapia e 5% doenças críticas (insuficiência respiratória, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adultos com mais de 60 anos e pessoas com doenças preexistentes (hipertensão arterial, diabetes, doença cardíaca, doença pulmonar, neoplasias, transplantados, uso de imunossupressores) têm maiores riscos de ter a doença agravada.
Quem tiver “síndrome gripal”, isto é, sintoma respiratório (sendo a tosse o sintoma mais comum) e febre por mais de 24 horas ou dificuldade para respirar, mesmo que sem febre. A “síndrome gripal” pode ser causada pelo novo coronavírus ou pelo vírus da influenza. Não é possível diferenciá-los clinicamente, e sim, apenas por testes diagnósticos virológicos. As pessoas com sintomas leves de resfriado ou com “síndrome gripal” devem permanecer em isolamento respiratório domiciliar por 14 dias, mesmo que não possam fazer o exame específico para COVID-19.
Ainda não se tem certeza. Foram divulgados dois casos de reinfecção pelo vírus, um na China e outro no Japão; entretanto, pode se tratar de casos de infecção prolongada, como observado em outras infecções. Estudo chinês com macacos rhesus não demonstrou reinfecção (Baoet al., 2020).
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de gotículas exaladas pela pessoa doente quando ela fala, tosse ou espirro. Quando a pessoa doente toca em objetos ou aperta a mão de outra pessoa e esta coloca a mão a sua boca, nariz ou olhos, ocorre a infecção. Como ainda não sabemos com certeza o papel da pessoa assintomática, isto é, sem sintomas, na cadeia de transmissão, recomenda-se não cumprimentar as pessoas com as mãos.
Distância mínima de um metro.
Uma pessoa com infecção pelo novo coronavírus, mas que não apresenta sintomas, pode transmitir a doença? São necessários mais estudos, mas se acredita-se que é possível, embora o risco seja provavelmente pequeno e menor que o sintomático. O foco principal da cadeia epidemiológica de transmissão e isolamento respiratório deve ser o paciente com sintomas.
Até o momento, não há medicamentos específicos eficazes e seguros contra o vírus. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários. Por isso é importante procurar assistência médica, se o paciente apresenta falta de ar. Não há qualquer evidência científica de chá de erva-doce ou qualquer outro chá, vitamina, comer alho, higienizar a boca ou lavar o nariz com água e sal para o tratamento do novo coronavírus. Vários estudos clínicos com diferentes medicamentos estão em andamento no mundo e devemos ter alguns resultados nas próximas semanas ou poucos meses.
Um estudo não definitivo sugeriu que o uso de ibuprofeno, que é um antiinflamatório, poderia prolongar a excreção viral. Na dúvida, recomendamos dipirona ou paracetamol, se tiver dor ou febre, até que mais dados científicos sobre o ibuprofenos ou outros antiinflamatórios estejam disponíveis.
Não. Os medicamentos devem continuar sendo usados.
Não. O oseltamivir está indicado somente para o tratamento de infecção pelo vírus influenza.
Não. Antibióticos não estão indicados nem para prevenir, nem para tratamento, pois não agem contra vírus, somente bactérias. O estudo francês que mostrou “algum benefício”, avaliou um pequeno grupo de pacientes que receberam a associação hidroxicloroquina + azitromicina. É possível que o benefício da azitromicina esteja relacionado que alguns pacientes estivessem com infecção bacteriana secundária. O efeito “anti-inflamatório” da azitromicina ainda não está bem definido.
Como a doença é nova, não há vacina até o momento. Porém, existem pesquisas em andamento e a expectativa é que em cerca de um ano e meio poderemos ter uma.
Elas devem se proteger e seguir as mesmas recomendações do público em geral para evitar o contágio pelo vírus. Até o momento, as gestantes não parecem ser um grupo de maior risco para doença grave, como ocorreu na pandemia da gripe H1N1. O novo coronavírus não é transmitido ao feto ou ao bebê durante a gravidez ou no parto, segundo estudos disponíveis até o momento. O vírus não foi encontrado em amostras de líquido amniótico ou leite materno.
Pacientes com doenças crônicas têm mais ‘suscetibilidade’ de contrair outras doenças com alterações no sistema imunológico. O paciente hipertenso tem outra observação, os que usam IECA, está em estudo, podem ‘acelerar’ o processo pulmonar.
Afastamento adequado por 14 dias.
Fonte: Abramede MG
Não. A doença é autoimune, mas não causa queda da imunidade que agride a glândula tireoide.
Fonte: Abramede MG
A Síndrome de Down relaciona -se com frequência a cardiopatias. Por isso, pacientes com Síndrome de Down devem ser considerados do grupo de risco.
Fonte: Abramede MG
Os atestados de afastamento nesse momento relacionam-se a intercorrências na gestação (como usual), ou necessidade de afastamento se participação de grupos de risco ou ainda a prescrição de isolamento domiciliar para COVID-19 conforme preconizado para população geral. Contudo “…apesar de não existirem, até o momento, indícios de que a infecção pelo COVID-19 tenha evolução clínica diferente na gravidez, mas, considerando que qualquer infecção grave na gestação pode comprometer a evolução da mesma, principalmente, aumento o risco de prematuridade, parece justificável envidar esforços para facilitar o afastamento profissional das gestantes que tiverem atividades de contato direto com outras pessoas doentes”.
Fonte: Sogimig
No momento, apenas na Secretaria de Saúde de Estado
Fonte: Abramede MG
A Portaria Nº467 dispõe em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública atual. Acesse: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-467-de-20-de-marco-de-2020-249312996
Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia