Com a licença poética dos grandes artistas, Braulio Bittencourt criou a mostra ‘Arvorear’, que está no Espaço Cultural Otto Cirne durante o mês de fevereiro. Na técnica mista sobre tela, com a predominância de tinta acrílica, o uso de tinta esmalte, gesso e a aplicação de folha de ouro em algumas obras, ele apresenta pinturas que lembram as imagens das árvores.
Autodidata, aos 13 anos teve o primeiro contato com as tintas. “Usava exclusivamente tinta óleo e meus desenhos eram de formas geométricas, ou seja, concretos e planejados”, explica. O aprendizado veio com sua curiosidade ao folhear livros sobre história da arte. “Nessa época, eu já pendurava minhas telas na parede e despertava o interesse de familiares e amigos que foram percebendo meu talento.”
Paralelamente às atividades artísticas, Bittencourt construiu carreira acadêmica tornando-se mestre em economia no Japão. As artes plásticas foram um hobby até 2007, quando gerente de um projeto nacional da ‘Oi’. Neste período, fez sua primeira exposição no Rio de Janeiro e chegou a vender algumas peças. Anteriormente, em intercâmbio na Nova Zelândia, em 1981, doou obras para uma exposição beneficente do Clube Rotary.
Em 2012, sentiu a necessidade de se especializar e foi para a Accademia d’Arte, em Florença (Itália): “Considero um investimento. Dois meses estudando, uma diversão útil”, diverte-se. Atualmente, produz em ateliê próprio, em Belo Horizonte, sua cidade natal. O artista acredita não ter um estilo definido, e se sente influenciado pelo impressionismo e pelo expressionismo: “Não tenho preocupação alguma, minhas obras acabam tangenciando o figurativo”. Ele completa dizendo: “Meus traços também têm características do fauvismo, movimento francês que traz corres berrantes”.
Braulio Bittencourt conta que não tem disciplina para pintar: “Sigo o chamado! Há fases em que trabalho sem muitos intervalos. Às vezes faço mais de um quadro ao mesmo tempo. Mas há obras que levam dois anos para ficarem prontas e outras que demandam apenas dois dias. Depende da minha inspiração. Acho que compenso a falta de técnica com paixão”, avalia.
No mundo das artes admira o francês Claude Monet, a polaco-brasileira Fayga Ostrower, o mineiro Inimá de Paula, o inglês William Turner, entre outros. Pela primeira vez na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), sente-se honrado em expor no local de muita representatividade para sua família: “Sou filho do clínico e professor Dário Bittencourt, e irmão da dermatologista Flávia Vasques Bittencourt. É uma felicidade imensa trazer minhas obras à Casa dos médicos”.
‘Arvorear’ fica em exposição até o final do mês de fevereiro e as telas serão comercializadas. O Espaço Cultural Otto Cirne está localizado no hall de entrada da AMMG e é destinado à exposição de obras de arte de autoria de associados e seus dependentes. Médicos não associados e artistas não médicos podem utilizar o espaço, dependendo da disponibilidade na agenda. Interessados devem entrar em contato com a Assessoria de Comunicação, pelo telefone (31) 3247 1608 ou e-mail comunicacao@ammg.org.br.
A cada mês, o Espaço Cultural Otto Cirne abriga uma exposição de arte.
Onde:
O Espaço Cultural Otto Cirne está localizado no hall de entrada da Associação Médica de Minas Gerais, na Av. João Pinheiro, 161, Centro – Belo Horizonte.
Horário de Visitação
8h às 21h
Exposições:
São aceitas obras de arte de médicos associados e seus dependentes. Médicos não associados e artistas não médicos podem utilizar o espaço, dependendo da disponibilidade na agenda.
Mais informações: comunicacao@ammg.org.br / (31) 3247-1608