Súbita rajada de vento
De 25 de janeiro a 25 de fevereiro, o Espaço Cultural Otto Cirne recebeu a mostra ‘Súbita rajada de vento’ com quadros de Paulo Apgáua. Nas técnicas acrílica e óleo sobre tela, obras figurativas revelam a sensibilidade do artista plástico ao produzir todo o trabalho durante o isolamento na pandemia do novo coronavírus.
“O desejo de quem esteve enclausurado, de quem quer se libertar de alguma maneira, tem conexão com o sentimento despertado com os acontecimentos causados pela Covid-19 e procurei trazer isto nas minhas imagens”, explica. Ele completa que ‘súbita’ é a pandemia, pois nos pegou de surpresa, e ‘rajada de vento’ é o vírus, o lugar imaterial que não podemos tocar e nem ver.
A trajetória de Apgáua nas artes o acompanha desde a infância na facilidade em esboçar desenhos e de se expressar. “Também tenho um histórico acadêmico que me levou a cursar Direito e a ter minha credencial da Ordem dos Advogados. No entanto, optei por uma segunda graduação na Escola Guignard e comecei a atuar com molduraria”, conta.
Pela primeira expondo na Associação Médica de Minas Gerais, Apgáua tem raízes na medicina: “São muito médicos em minha família e estou feliz pela mostra”. Ele frisa que felicidade maior é aproximar as pessoas da arte. “Por vezes alguém diz que não entende sobre o tema. Mas não é sobre entender, é sobre sentir. Assim como um bom filme, uma boa música, arte é para chegar a todos.”