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Retinopatia Diabética

9 de novembro de 2018

A Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO) alerta para o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. O objetivo é conscientizar a família sobre a gestão da doença e chamar a atenção dos diabéticos, que devem redobrar os cuidados com a visão. O ‘Edema Macular Diabético’ e a ‘Retinopatia Diabética’ são as principais preocupações.

A diabetes e a visão

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a prevalência global do diabetes é de 8,8%. No total são 425 milhões de casos. A previsão é que em 2040 atinja um em cada 10 pessoas no mundo.

No Brasil 8,1% da população tem diabetes. Entre mulheres a incidência é de 8,8% contra 7,4% dos homens. O vice-presidente da SMO, Luiz Carlos Molinari, destaca os cuidados e tratamentos para o ‘Edema Macular Diabético’ e ‘Retinopatia Diabética’. As doenças serão desenvolvidas ao longo da vida por 90% dos pacientes de diabetes tipo1 e 60% dos pacientes de diabetes tipo 2.

Pesquisa realizada pela International Diabetes Federation, Agência de Controle da Cegueira, ligada à OMS, e International Federation on Ageing mostra que metade dos diabéticos só é diagnosticada anos depois de conviver com a doença. Quanto mais tardio o diagnóstico, maior a chance de perder a visão. Segundo Molinari, a falta de informação contribui para a perda definitiva da visão entre pessoas de 20 a 60 anos. “A retinopatia atinge também adolescentes e adultos jovens, caso eles não controlem bem a taxa glicêmica.”

O que é a retinopatia diabética?

A retinopatia diabética se caracteriza pelo acúmulo de açúcar nos vasos sanguíneos que irrigam a retina. Este acúmulo vai aos poucos deteriorando as células, que ficam mais permeáveis e acabam formando edema na retina. Além disso, ocorre acúmulo de material na parede dos vasos, levando a um bloqueio da passagem de sangue até que ocorra um vazamento (hemorragia). Tais lesões podem levar à distorção das imagens captadas pela retina, que é a parte do olho responsável pela captação da imagem e seu envio ao cérebro.

 

Como é feito o diagnóstico da retinopatia diabética?

O retinólogo, é o oftalmologista especialista em retina, é o profissional indicado para identificar o surgimento da retinopatia diabética. Por meio de fotografias que documentam o fundo do olho é possível enxergar anomalias vasculares, hemorragias, pequenos aneurismas, proliferação de novos vasos, dentre outros.

O exame ‘tomografia de coerência ótica’ avalia as estruturas do fundo do olho. Já a angiografia de retina dá informações sobre o interior do globo ocular, em especial sobre os vasos sanguíneos e nervo óptico. É importante levar em conta o quadro do paciente diabético e seu histórico glicêmico.

Quais as causas da retinopatia diabética?

A doença é causada pelo excesso de açúcar nos pequenos vasos sanguíneos que irrigam a retina. Este material desgasta os vasos, causando edemas ou obstruções. Portanto é fundamental que o paciente de diabetes mantenha a taxa glicêmica controlada e faça visitas periódicas ao seu oftalmologista.

Qual o tratamento indicado para a retinopatia diabética?

Molinari esclarece que o tratamento da retinopatia diabética depende do estágio da doença. “Nas fases não proliferativas, ou seja, quando não há a formação de vasos sanguíneos anormais, dificilmente uma intervenção cirúrgica é necessária”, esclarece. Já a fotocoagulação a laser se fará necessária, de acordo com o especialista, quando há lesões avançadas e a formação de vasos anormais característicos da retinopatia proliferativa. Já o acompanhamento periódico é fundamental para o controle da doença.

O oftalmologista explica que na retinopatia diabética, é possível ocorrer o edema macular diabético. “O local nobre da retina, no fundo do olho, é a mácula, responsável pela visão central e pela visão das cores. No edema macular diabético, ocorre um acúmulo de líquido e de proteínas na região da mácula. A retina fica inchada e a visão fica bastante prejudicada.”

Este acúmulo de líquido e proteínas começa por conta do excesso de açúcar no sangue de forma prolongada, o que prejudica os vasos sanguíneos. O edema macular é silencioso, ou seja, tem poucos sintomas no início da manifestação da doença. As complicações vão ficando mais sérias com o passar do tempo, quando a visão se torna borrada e distorcida, e pode aparecer uma dificuldade na visualização das cores.

No edema macular diabético, o problema pode ser revertido, e a visão perdida pode ser recuperada. Além da fotocoagulação a laser, avanços científicos propiciaram o desenvolvimento de medicamentos da classe anti-VEGF (anti-angiogênicos) para uso ocular. Estes remédios fortalecem as junções entre os vasos sanguíneos, reduzindo o vazamento de líquidos e restaurando a função da retina. Com isso, a visão pode ser recuperada de forma parcial ou total, dependendo da gravidade da doença e do grau de glicemia do paciente diabético.

Fontes: Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e Sociedade Mineira de Oftalmologia.