Especialistas alertam para desenvolvimento de tumor no fígado
Encontro multidisciplinar, dia 10 de junho (sábado), na sede da AMMG fala de uma doença silenciosa, que atinge com frequência pacientes portadores de cirrose.
Abordagem do Carcinoma Hepatocelular no Cirrótico
Data: 10 de junho, sábado. Horário: 8h30 às 12h
Local: Teatro Oromar Moreira (Avenida João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte)
Informações e inscrições: (31) 3247 1619 ou seaci@ammgmail.org.br
Público alvo: estudantes de medicina, médicos e demais profissionais da saúde
O Hepatocarcinoma é um tumor maligno que acomete pessoas portadoras de cirrose, sendo raro em pacientes sem o problema. A cirrose é o estagio final de várias doenças hepáticas, em que o fígado encontra-se com grande quantidade de cicatrizes (fibrose), fazendo com que o órgão deixe de realizar tarefas primordiais para o organismo, como o processamento de nutrientes e medicamentos, a fabricação de proteínas e a produção da bile, que atua na digestão. Os fatores de risco são o abuso de álcool, a esteatose hepática (gordura no fígado), as hepatites virais B e C, dentre outros mais raros. O assunto será debatido no dia 10 de junho, sábado, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) e coordenado pela Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de Minas Gerais (SGNMG).
Para o hepatologista membro da diretoria da SGNMG, Antônio Márcio de Faria Andrade, o tumor é silencioso e, por isto, é necessário que os portadores de cirrose e outros fatores de risco façam exames periódicos que incluem o de sangue e ultrassom, para a constante vigilância. “Qualquer nódulo hepático em paciente de risco deve ser investigado”, explica o médico. Ainda segundo Andrade, a cura está relacionada ao estágio em que o tumor é descoberto. Dependendo do seu tamanho e se não tiver acometido outros órgãos. “Há tratamentos curativos como cirurgia e transplante ou locais sobre o tumor como radioablação e quimioembolização. Em casos mais avançados pode-se lançar mão de outros tratamentos, inclusive quimioterapia. A evolução sem nenhuma intervenção implica em alta mortalidade em um ano. Estamos falando em possibilidade de cura ou aumento da sobrevida e da qualidade de vida.”
Durante o encontro serão debatidos os avanços na vigilância e no diagnóstico, com o objetivo de compreender com clareza o perfil dos pacientes de maior risco, além de métodos para avaliar e definir melhor o comportamento tumoral. Métodos recentes que agem localmente sobre o tumor e novas drogas quimioterapicas prestes a serem lançadas no mercado também serão apresentados. Minas Gerais segue à frente na abordagem do hepatocarcinoma, dispondo de muitos métodos diagnósticos e terapêuticos. O grande problema, segundo Andrade, é que ainda há uma enorme dificuldade para que todas as opções estejam disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
A reunião multidisciplinar contará ainda com a participação de especialistas da Associação dos Patologistas do Estado de Minas Gerais, Sociedade Mineira de Cancerologia, Sociedade Mineira de Cirurgia Geral e Sociedade de Radiologia de Minas Gerais. Inscrições: seaci@ammgmail.org.br ou (31) 3247 1619.