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‘Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio’ foi tema da palestra do jornalista e escritor André Trigueiro, no dia 10 de dezembro, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). O assunto, de grande relevância para a classe médica e o público em geral, trouxe à tona discussões como subnotificações de casos de suicídio, a precariedada do Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento a pessoas que passam por esse problema, a falta de discussão no ensino médico, dentre outros temas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são mais de 800 mil casos por ano no mundo, 2.200 por dia, um suicídio a cada 40 segundos.
Para Trigueiro, há um hiato nas instituições de medicina nesse quesito. “Pouco se fala sobre isso e o silêncio conspira para o agravamento da situação”, ponderou.
O jornalista avaliou que embora as taxas mais altas ocorram entre as pessoas idosas, na faixa etária dos 15 aos 29 anos só é superado pelos acidentes. “As novas gerações são mais impacientes e com as mídias sociais vivem uma ilusão do imediatismo. O mundo real não é assim e os jovens não sabem conviver com isso.”
O encontro serviu como alerta não só para o meio médico, como também para o público em geral que esteve presente, das mais diversas profissões. “É preciso discutir esse tema como problema de saúde pública e, como tal, deve ser debatido e entendido. Enquanto o suicídio for um tabu, um assunto invisível para a sociedade, não será possível mobilizar os recursos necessários (humanos, materiais e institucionais) para reduzir as estatísticas”, alertou.
Ao final da palestra, os participantes ainda puderam fazer perguntas e debater um pouco mais sobre o assunto. O jornalista ainda autografou o livro ‘Viver é a melhor opção’, que traz uma minuciosa pesquisa sobre suicídio e vale também como uma reflexão sobre o assunto.