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Estúdio aborda Sarampo

9 de agosto de 2018

O Estúdio AMMG teve sua terceira edição realizada, dia nove de agosto, com o tema ‘Sarampo: o que ainda precisamos saber’. A diretora científica adjunta da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Luciana Costa, e o diretor científico da AMMG, Agnaldo Soares Lima, receberam o pediatra, epidemiologista e especialista em vacinas José Geraldo Leite Ribeiro e o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia Carlos Starling.

A escolha do tema se deve a preocupação com a possibilidade de disseminação de um surto de sarampo no país. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, mas atualmente o país enfrenta dois surtos em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o Boletim Epidemiológico, divulgado dia oito de agosto, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES MG), atualmente há 130 casos suspeitos notificados em Minas, sendo 54 casos descartados e 76 que permanecem em investigação, aguardando a pesquisa laboratorial para processamento das amostras pela Fundação Ezequiel Dias (Funed MG). Durante o Estúdio, Ribeiro ressaltou que os médicos devem contribuir com a notificação. Starling explicou que a baixa cobertura vacinal aliada ao fluxo migratório contribuem para o avanço da doença.

O sarampo é uma enfermidade aguda, altamente contagiosa, causada por um vírus. Se não for diagnosticada e tratada corretamente, pode se tornar grave e evoluir com complicações eventualmente fatais, principalmente em crianças menores de um ano de idade. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Os especialistas orientam que é necessário o isolamento do paciente, mesmo em ambiente hospitalar, já que a taxa de 'ataque' do sarampo é de 90%. Quanto a abaixa vacinal, Ribeiro destaca que é de responsabilidade do médico verificar com seus pacientes sobre sua imunização e orientá-los quanto à importância da vacina. "A baixa cobertura está muito mais relacionada à gestão pública, que deixou de valorizar a medicina preventiva e a imunização, do que a qualquer movimento anti-vacina. Felizmente, as classes C e D têm as melhores coberturas do país, a capacidade da vacina é muito boa, com proteção praticamente imediata, e os médicos devem reforçar as orientações em seus consultórios. Devemos também valorizar o tema nas escolas de medicina para que os alunos ampliem seus conhecimentos para uma melhor assistência na atenção básica."

A Campanha Nacional de Vacinação, vai até o dia 31 de agosto. Além de oferecer a prevenção para o Sarampo, inclui a vacina contra a Poliomielite. No dia 18, acontece o dia de mobilização nacional. "Crianças menores de cinco anos, mesmo já tendo as duas doses da tríplice viral, que protege contra o sarampo, devem tomar uma nova dose de reforço. Pessoas entre 30 e 49 anos devem ter pelo menos uma dose registrada. Profissionais de saúde devem receber duas doses da tríplice viral, independente da idade", esclareceu Ribeiro.

A diretora da AMMG, Luciana Costa, conclamou os colegas para ampliarem o debate sobre o tema, via Workplace. "O assunto é de extrema relevância e precisamos disseminar o conhecimento, contribuindo com a saúde de todos". No Workplace é possível assistir o Estúdio AMMG e baixar os artigos científicos sobre Sarampo.

Assista ao Estúdio AMMG

 

 

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