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Crise: hora de crescer

28 de maio de 2020

AMMG Cultural apresentou o tema ‘Crise: hora crescer’

Filósofa e médico mostraram como é possível enxergar oportunidades mesmo frente à pandemia da Covid-19

A noite do dia 27 de maio foi especial com a edição online do projeto AMMG Cultural. Com o tema ‘Crise: hora de crescer’, a professora e filósofa Lúcia Helena Galvão Maya e o diretor de Assuntos Culturais e Responsabilidade Social Marconi Gomes abriram um leque de opções sobre como transformar crise em oportunidade frente à pandemia da Covid-19.

Gomes iniciou o evento trazendo a reflexão de que o tempo parece ter encurtado. Segundo ele, sua filha de apenas quatro anos já tem essa sensação e o indagou, no preparo do jantar, se a comida a faria crescer para cima ou para baixo. A pergunta o fez pensar no crescimento durante e pós crise: “Cresceremos iguais depois da crise?”. Para Lúcia Helena, quando o ser humano precisa desenvolver, algo externo pode levá-lo a isto, no entanto nem todos estão preparados para esse momento. Ela usou a analogia da mãe de Sócrates que poderia fazer qualquer mulher dar à luz, mas obviamente, qualquer mulher que estivesse grávida. Assim é com os indivíduos: “Todos podem crescer, mas precisam estar preparados, estar ‘grávidos’, para que isto aconteça”, explica.

A filósofa avaliou que nunca viu um fator externo capaz de mudar a humanidade como um todo, como está sendo o caso do coronavírus. “Muitos irão crescer, ter um olhar para cima, subir para o próximo degrau e até convidar os outros a fazer o mesmo. Alguns irão despertar agora, outros não!” Maya considera que cada ser humano entende que esse esgotamento de ciclo, gerado pela crise atual, é importante e ajuda muito na evolução, mas não crê que todos irão mudar. Gomes também acredita que as pessoas precisam estar prontas para esse amadurecimento, e analisa que um dos aspectos desse período são as máscaras que estão caindo, verdades que estão aparecendo. De acordo com ele, tudo está ficando mais claro com a pandemia: “Está mais difícil mentir e omitir”, pondera.

Para Lúcia Helena as máscaras caem e a deixam perplexa quando observa que há pessoas utilizando a crise em benefício próprio. “Por isto não vejo vantagem em ver o rosto do outro. Precisamos ver a nós mesmos, reconhecer-nos. É necessário um confronto com o volume de informações e opiniões externas para sabermos quem somos e o que realmente desejamos.” Maya orienta que as pessoas precisam virar para dentro e procurar um próprio senso das coisas. “Crise é um chamado ao discernimento, é uma placa apontada pra você indicando que procure as respostas em si mesmo. Com a crise temos a oportunidade de saber o que nasceu de nós mesmos e não da moda, da massa, das correntes do coletivo.” A filósofa concluiu que sem isso, às vezes, morremos estranhos para nós mesmos.

Que a pandemia apontará novas direções e outras maneiras de pensar ambos concordam! Marconi Gomes disse que não podemos ter medo de percorrer o caminho mais difícil, e agora estamos com tempo de refletir sobre isto. Lúcia Helena falou que a filosofia pode ajudar nesse processo se o indivíduo estiver aberto a aprender e agregar valor à vida. Uma dica deixada por eles para enfrentar a realidade que nos apresenta é aliar cultura às atividades físicas. “Se você quer que sua alma se manifeste, procure algo com que se identifique: boa música, boa literatura, um bom cenário ou esses elementos combinados”, sugere a filósofa.

Confira toda essa edição do AMMG Cultural no YouTube da Associação Médica de Minas Gerais. A próxima edição será no dia 9 de junho, às 19h30, com a jornalista Leila Ferreira e o tema ‘Viver não dói: o que muda com a pandemia?’.