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Vamos fazer a diferença

Vamos fazer a diferença

Evento aberto ao público fala sobre Cuidados Paliativos

 

I Conferência Livre Nacional de Cuidados Paliativos

Data: 19 de maio

Horário: 13h às 18h

Local: Campus Saúde, UFMG. Avenida Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia.

Inscrições encerradas.

 

Você sabe o que são Cuidados Paliativos (CP’s)? Sabia que eles podem ser oferecidos em qualquer idade? Para falar sobre isso e outros aspectos, a Sociedade Mineira de Tanatologia e Cuidados Paliativos (Sotamig) e a Frente Paliativistas – Cuidados Paliativos pelo Brasil participam da I Conferência Livre Nacional de Cuidados Paliativos, dia 19 de maio, de 13h às 18h, no Campus Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O encontro, que será presencial e também transmitido online (fechado para os inscritos), que vai reunir usuários, trabalhadores da saúde, gestores e prestadores de serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS) para defender os cuidados paliativos nas políticas públicas, em todas as instâncias.

De acordo presidente da Sotamig, a médica Gabriela Casanova, os cuidados paliativos visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, seus familiares e cuidadores, atentando aos aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais. “Devem ser ofertados precocemente e em diferentes cenários assistências, com cuidado interprofissional. Estão ligados a pacientes com doenças graves, ou seja, com qualquer condição de saúde, aguda ou crônica, que carrega um alto risco de mortalidade e afeta negativamente a qualidade de vida, com grande carga de sintomas, associados à sobrecarga de seus cuidadores.”

Durante o encontro, os participantes têm como objetivo levar a proposta de implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos, com garantia de financiamento, integrada às Redes de Atenção à Saúde e como componente de cuidado na Atenção Primária à Saúde através da Estratégia de Saúde da Família

A Organização Mundial de Saúde (OMS) trata o acesso aos CP’s como um Direito Humano, devendo todas as nações garantirem assistência, não só direcionado ao processo de adoecimento em si, mas também aos sofrimentos associados. Ela destaca ainda que devem obrigatoriamente integrar os sistemas de saúde, em todos níveis de atenção.

 

DADOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS

No Brasil um grande contingente de pessoas, com elevada carga de sintomas relacionados às suas doenças de base, não possui acesso a equipes de referência, com formação em Cuidados Paliativos em seus territórios, através da Atenção Primária à Saúde. “Elas recorrem a outros serviços da Rede de Urgência e/ou Hospitalar, para ter acesso, principalmente, a medicamentos para controle de sintomas físicos na finitude da vida. Portanto, o fortalecimento dos Cuidados Paliativos, como estratégia de promoção de qualidade de vida na Atenção Primária à Saúde, integrado às redes de atenção à saúde, favorece também a sustentabilidade do sistema”, reforça Casanova.

A cada ano, mais hospitais têm iniciado o trabalho com equipes de Cuidados Paliativos, mas ainda falta esse serviço em muitos e, muitas vezes, elas não têm o suporte adequado. “Percebemos que não haver um treinamento, o que gera atraso no acompanhamento do paciente, ocasionando muito sofrimento. Essa situação também gera uma má alocação de recursos da saúde por submeter o indivíduo a um tratamento que vai gerar mais malefícios do que benefícios. A ausência de hospice e de vagas para cuidado paliativo em hospital de retaguarda também é uma defasagem que precisa ser modificada para o cuidado mais adequado desse paciente. Dessa forma, temos muita luta pela frente e uma Política Pública Nacional em Cuidados Paliativos é um passo essencial para as mudanças necessárias.”

Em 2020, os CP’s estavam acessíveis a apenas 14% daqueles que necessitavam. Estima-se que até 2060, a necessidade de Cuidados Paliativos para aqueles na fase final da vida dobrará e 48 milhões de pessoas falecerão com sofrimento grave relacionado à saúde, sendo que 83% serão provenientes de países com renda baixa ou média, como o Brasil. O envelhecimento populacional no Brasil se associa ao somatório crescente de doenças crônicas não transmissíveis, agravados pelas consequências da Covid-19. Atualmente, cerca de 70% dos óbitos no Brasil são causados por doenças crônicas e em grande sofrimento, sem assistência qualificada. Nosso país possui um dos piores indicadores de qualidade de morte do mundo.

 

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