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AMJM à frente do voluntariado

11 de dezembro de 2020

Filiada de João Monlevade à frente do voluntariado

 Apesar da alta incidência de acidentes em João Monlevade, na região Central de Minas Gerais, a cidade não possui unidade do Corpo de Bombeiros, nem conta com a atuação de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência municipal (SAMU). Diante deste cenário, há 20 anos, foi criado o Serviço Voluntário de Resgate (SEVOR), que conta hoje com mais de 100 voluntários, sendo quatro médicos, 37 enfermeiros, dentre outros profissionais. A organização é o único serviço voluntário de resgate credenciado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Associação Médica de João Monlevade (AMJM) abraçou esta causa.

De acordo com Anna Beatriz Dutra Valente, presidente da AMJM, a parceria com o SEVOR veio da necessidade de treinamento em atendimentos a politraumatizados. “Ajudar ao próximo e fazer a diferença junto à sociedade. Juntos podemos fazer muitas coisas e mudar realidades. Esse projeto é a menina dos meus olhos. Vivemos de doação, da ajuda imprescindível da prefeitura local. Sem esse tipo de ação viveríamos no caos. Estamos próximos a BR 381 e 262, com altos índices de acidentes.”

Dados do SEVOR, apontam que que a organização atuou em 437 ocorrências em rodovias em 2018, e 317 em 2019. Até outubro de 2020, os voluntários já haviam atuado em 326 ocorrências registradas em rodovias, que incluem a BR-381 e a BR-262. Ainda neste ano, 942 vítimas de trauma foram socorridas pelo SEVOR, e 244 vítimas tinham casos clínicos.

A médica explica que esta realidade bate à porta dos voluntários quase que diariamente. Recentemente, no dia quatro de dezembro, os desafios ficaram por conta da queda do ônibus na BR-381, vitimando dezenas de pessoas.
O secretário do SEVOR, Renato Carvalho, explica que o batalhão dos bombeiros mais próximo é em Itabira, cidade a cerca de 40 km de João Monlevade. Por isso, os membros fazem plantões na sede da organização, 24 horas por dia, e fazem disparos para outros voluntários em caso de ocorrências de grande porte.

Valente conta que em 2020 começou foi criado o Núcleo de Educação em Emergência. Com duração de dois anos, uma aula mensal, 15 médicos se reúnem para ministrar aulas de atendimento ao trauma aos voluntários.
Segundo a médica, a ideia agora é estender esse projeto de educação para as escolas públicas, ensinando assim para os estudantes, professores e demais profissionais das instituições o atendimento básico dos primeiros socorros.

Outro projeto abraçado pela AMJM é o chamado ‘Quentinhas do bem’. São 85 médicos ajudando a 100 famílias da região que vivem em estado de vulnerabilidade. Durante um ano é montada uma força tarefa para levar alimento a muitos que, na maioria, das vezes não tem condições de fornecer um alimento digno em casa.

Os trabalhos voluntários realizados podem ser conhecidos e acompanhados pelo site da filiada: http://amjm.com.br/associacao.asp e instagram: @assocmedicajmde

Fotos: Arquivo Pessoal